Dilma: indefinição sobre candidatura em 2018| Foto: Yuri Cortez/AFP

Na sua terra natal, em Belo Horizonte (MG), a ex-presidente Dilma Rousseff se esquivou de responder nesta segunda-feira (11) se será candidata ou não a algum cargo eletivo em 2018. Deixou em aberto. Num discurso para mulheres na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a petista repetiu várias vezes ter sido alvo de um “golpe” – que, segundo ela, ainda continua. Disse ainda que seu afastamento da Presidência atingiu o PSDB e fez crescer a extrema direita no país. Para ela, seu impeachment foi apenas o “ato inaugural” do golpe.

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“Não deram o golpe para ele parar, mas para continuar. A surpresa é que as consequências políticas não foram as esperadas. Politicamente, a minha saída gerou a destruição do PSDB e o surgimento da extrema direita. Esses dois fenômenos eram inesperados. Não estavam previstos no cardápio. O que estava previsto era a destruição do PT e do presidente Lula. Queríamos que jamais puséssemos a cabeça de fora. Foi o autoengano”, disse Dilma no ato, que ocorreu no plenário.

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Dilma repetiu o discurso dos petistas e afirmou que não há plano B no PT e, parafraseando Lula, que o líder maior do partido estará na eleição “vivo ou morto, preso ou solto”. A ex-presidente diz haver um interesse de mantê-lo inelegível ao menos no período de registro de candidatura.

“Dizem que precisamos ter um plano B. Ora, ora, ora. Quem quer plano B são os que não têm candidato e não tem coragem de concorrer com ele. Quem tem medo do plano A, que é o Lula, é que quer um plano B”.

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Candidatura será definida no início de 2018

Antes de falar ao auditório, em entrevista à TV Assembleia, Dilma anunciou que irá definir seu futuro político no início de 2018. Ela pode vir a disputar uma vaga no Senado por Minas Gerais. “Vamos avaliar minha situação política no início de 2018. Vou analisar o que será feito”, disse a ex-presidente.

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