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| Foto: Sergio Dutti/AE

Numa extensa nota de 25 linhas, a ex-presidente Dilma Rousseff comentou na sua rede social o inquérito aberto pela Polícia Civil do Distrito Federal para investigar a morte do labrador Nego, fato revelado pela Gazeta do Povo na quarta-feira passada. Dilma afirma ser alvo de uma perseguição, de uma campanha hedionda que visa achincalhar sua imagem.

A nota, assinada por sua assessoria de imprensa, diz ser lamentável “usar a relação de carinho e lealdade entre um cachorro e sua dona” para reforçar o ambiente do “golpe” de 2016.

Dilma faz um histórico da sua relação com Nego, diz que viveu durante 12 anos, de 2003 a 2016, e que o labrador era amado por ela e seus familiares. Diz que o cão era forte e gostava de nadar e correr.

“Era um cachorro excepcional, companheiro e inteligente” – diz a nota de Dilma, que confirma ter sido um presente do ex-colega de ministério José Dirceu, quando ela assumiu a Casa Civil, em 2005.

Há também um relato do estado clínico de Nego.A partir de 2015, Nego passou a apresentar displasia coxo-femural, doença típica dos labradores, além de mielopatia degenerativa. O relato diz que Nego tinha dificuldade em andar, que sofria muito e houve uma recomendação médica para sacrificá-lo. Mas, diz a nota, contra a vontade de Dilma.

“A presidenta relutou e adiou o quanto pode, com a esperança de uma recuperação da saúde do labrador. E isso, infelizmente, não veio a ocorrer. Nego foi sacrificado, para tristeza de Dilma Rousseff em setembro do ano passado”.

No resto do texto, Dilma vai ao ataque, diz que esse episódio reforça a campanha de 2016 contra ela, que é baseada em falsidades, violência. intolerância e preconceito.

“Se perpetua (essa campanha) mesmo agora, um ano após ter sido consumado do golpe parlamentar que retirou Dilma Rousseff do poder”.

Na nota, a petista critica o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que passou adiante a denúncia do deputado Ricardo Izar (PP-SP) pedindo investigação da morte de Nego. E criticou o próprio deputado, acusando-o de buscar os “holofotes abjetos da mídia” com essa iniciativa e de se gabar de ir prestar depoimento à polícia.

“A perseguição chegou a ponto do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot determinar a abertura de um inquérito policial. Como se investigações mais graves não devessem ser apuradas, como a compra de votos para a aprovação do impeachment”.

Para ela, o país vive um Estado de Exceção e que vale tudo para achincalhar sua imagem e honra.

Veja a nota na íntegra:

1. Nego nasceu em setembro de 2003 e morreu em setembro de 2016. Foi dado de presente por José Dirceu ainda em 2005 para Dilma Rousseff, quando ela assumiu a chefia da Casa Civil no governo Lula. Nego foi criado e amado pela presidenta e familiares durante os quase 12 anos em que conviveu com ela. Era um cão grande e forte, que gostava de nadar e correr. Era um dos prediletos de Dilma Rousseff.

2. A partir de 2015, Nego passou a apresentar displasia coxo-femural, doença típica dos labradores, além de mielopatia degenerativa. Ele tinha dificuldade de andar e, por conta da mielopatia, ficava agitado e buscava se movimentar de qualquer jeito. Por isso, sofria muito e deveria ser sacrificado, conforme orientação médica.

3. A presidenta relutou e adiou o quanto pode, com a esperança de uma recuperação da saúde do labrador. E isso, infelizmente, não veio a ocorrer. Nego foi sacrificado, para tristeza de Dilma Rousseff em setembro do ano passado. Era um cachorro excepcional, companheiro e inteligente.

4. Diante disso, é lamentável que, mais uma vez, queiram usar a relação de carinho e lealdade entre um cachorro e sua dona para reforçar a sórdida campanha acusatória que criou o ambiente para o Golpe de 2016, por meio do fraudulento impeachment sem crime de responsabilidade.

5. Essa campanha hedionda, baseada em falsidades, violência, intolerância e preconceito se perpetua mesmo agora, um ano após ter sido consumado o golpe parlamentar que retirou Dilma Rousseff do poder.

6. A perseguição chegou a ponto do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot determinar a abertura de um inquérito policial. Como se investigações mais graves não devessem ser apuradas, como a compra de votos para a aprovação do impeachment.

7. É lamentável que isso ocorra no país que virou sinônimo de Estado de Exceção. Aos olhos do mundo, vale tudo para achincalhar a imagem e a honra de Dilma Rousseff.

8. Tudo tem sido feito para satisfazer a sanha doentia de golpistas. Como mostra o deputado Ricardo Izar Júnior (PP-SP), que proferiu sórdidos ataques a Dilma, e se vangloria de ir depor contra a presidenta eleita do país numa história da qual não tem conhecimento nem sequer envolvimento direto. Apenas a busca pelos holofotes abjetos da mídia.

ASSESSORIA DE IMPRENSA

DILMA ROUSSEFF

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