| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, nomeou o procurador Sidney Madruga, exonerado da equipe há menos de um mês, para uma coordenação regional dentro do Grupo Executivo Nacional da Função Eleitoral (Genafe).

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Inicialmente, Madruga foi nomeado coordenador geral do grupo, mas deixou a cúpula da equipe de Raquel, a pedido, após ter sido flagrado por reportagem do jornal Folha de S.Paulo em conversa na qual fala que a “tendência” dentro do órgão era investigar integrante da equipe do ex-procurador-geral Rodrigo Janot.

A exoneração de Madruga do cargo de coordenador do Genafe se deu na semana da posse de Raquel e foi a primeira de duas baixas computadas até o momento no núcleo duro da PGR.

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Em portaria assinada na segunda-feira (30) e divulgada nesta terça-feira (31), Raquel designou o novo coordenador do Genafe e incluiu Madruga em uma função dentro da equipe. O coordenador do grupo será o procurador regional da República José Jairo Gomes. Madruga atuará como um coordenador regional ao lado de outros três procuradores: Alexandre Moreira Tavares dos Santos, Alessandro José de Oliveira e Eunice Dantas Carvalho.

O Genafe atua na identificação de demandas eleitorais, verificando a atuação de Procuradorias Regionais Eleitorais. Segundo a PGR, não há remuneração para a função para a qual Madruga foi designado. Ele já atua na área eleitoral, tendo sido eleito pelos colegas para atuar como procurador regional eleitoral no Rio de Janeiro para o biênio que inclui as eleições de 2018.

No dia 22 de setembro, Madruga foi flagrado em conversa com a advogada Fernanda Tórtima, que defendeu o grupo J&F, controlador da JBS, dizendo que a “tendência” era investigar o ex-chefe de gabinete de Janot, o procurador regional da República Eduardo Pelella. Depois da vinda à tona da reportagem, Madruga pediu exoneração para “preservar a instituição”.

Outra baixa

Na semana passada, a procuradora Zani Cajueiro pediu a Raquel Dodge para deixar o cargo de secretária-geral do órgão, responsável pelo orçamento e estrutura interna da instituição. A saída rápida de Zani de um posto considerado de prestígio interno foi estranhada por procuradores da República.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, Zani informou que há “forma de gestão distinta” e discordâncias que se acumularam. “A secretaria-geral precisa de autonomia para atuar e afinidade de propósitos. Ausente quaisquer desses requisitos, o trabalho não flui”, afirmou Zani Cajueiro.

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A procuradora sugeriu que Raquel levou em conta a “questão de gênero” na sua escolha para o cargo. “Apenas a questão simbólica de escolher uma mulher não significa seu real empoderamento, necessário para que a gestão funcione”, afirmou a procuradora ao Estado.

Quem assumiu o cargo de secretário-geral foi o procurador regional da República Alexandre Camanho, que acumulou a função com a Secretaria-Geral Jurídica.

Raquel nomeou ainda nesta semana o novo secretário de Relações Institucionais do Ministério Público, que será o subprocurador-geral Carlos Alberto Carvalho de Vilhena.