A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, nomeou o procurador Sidney Madruga, exonerado da equipe há menos de um mês, para uma coordenação regional dentro do Grupo Executivo Nacional da Função Eleitoral (Genafe).
Inicialmente, Madruga foi nomeado coordenador geral do grupo, mas deixou a cúpula da equipe de Raquel, a pedido, após ter sido flagrado por reportagem do jornal Folha de S.Paulo em conversa na qual fala que a “tendência” dentro do órgão era investigar integrante da equipe do ex-procurador-geral Rodrigo Janot.
A exoneração de Madruga do cargo de coordenador do Genafe se deu na semana da posse de Raquel e foi a primeira de duas baixas computadas até o momento no núcleo duro da PGR.
Em portaria assinada na segunda-feira (30) e divulgada nesta terça-feira (31), Raquel designou o novo coordenador do Genafe e incluiu Madruga em uma função dentro da equipe. O coordenador do grupo será o procurador regional da República José Jairo Gomes. Madruga atuará como um coordenador regional ao lado de outros três procuradores: Alexandre Moreira Tavares dos Santos, Alessandro José de Oliveira e Eunice Dantas Carvalho.
O Genafe atua na identificação de demandas eleitorais, verificando a atuação de Procuradorias Regionais Eleitorais. Segundo a PGR, não há remuneração para a função para a qual Madruga foi designado. Ele já atua na área eleitoral, tendo sido eleito pelos colegas para atuar como procurador regional eleitoral no Rio de Janeiro para o biênio que inclui as eleições de 2018.
No dia 22 de setembro, Madruga foi flagrado em conversa com a advogada Fernanda Tórtima, que defendeu o grupo J&F, controlador da JBS, dizendo que a “tendência” era investigar o ex-chefe de gabinete de Janot, o procurador regional da República Eduardo Pelella. Depois da vinda à tona da reportagem, Madruga pediu exoneração para “preservar a instituição”.
Outra baixa
Na semana passada, a procuradora Zani Cajueiro pediu a Raquel Dodge para deixar o cargo de secretária-geral do órgão, responsável pelo orçamento e estrutura interna da instituição. A saída rápida de Zani de um posto considerado de prestígio interno foi estranhada por procuradores da República.
Ao jornal O Estado de S. Paulo, Zani informou que há “forma de gestão distinta” e discordâncias que se acumularam. “A secretaria-geral precisa de autonomia para atuar e afinidade de propósitos. Ausente quaisquer desses requisitos, o trabalho não flui”, afirmou Zani Cajueiro.
A procuradora sugeriu que Raquel levou em conta a “questão de gênero” na sua escolha para o cargo. “Apenas a questão simbólica de escolher uma mulher não significa seu real empoderamento, necessário para que a gestão funcione”, afirmou a procuradora ao Estado.
Quem assumiu o cargo de secretário-geral foi o procurador regional da República Alexandre Camanho, que acumulou a função com a Secretaria-Geral Jurídica.
Raquel nomeou ainda nesta semana o novo secretário de Relações Institucionais do Ministério Público, que será o subprocurador-geral Carlos Alberto Carvalho de Vilhena.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano