Os mercados amanheceram nesta quinta-feira (18) digerindo a notícia de que núcleo político do governo e o próprio presidente Michel Temer foram gravados na delação da JBS. O dólar abriu em alta de mais de 5%, cotado a R$ 3,31 às 9h30. No meio da manhã, a escalada da moeda americana continuou. Às 10h30, a cotação passava dos 3,40, com alta de 8,7%.
A Bolsa de Valores de São Paulo deve registrar um dia intenso de queda. O Ibovespa, principal índice da bolsa,abriu em queda de mais de 8,5%, às 10 horas. Em poucos minutos, a queda ultrapassou os 10%, acionando o “circuit breaker”, mecanismo que paralisa as negociações em momentos de queda muito intensa.
As ações da Petrobras abriram em queda de quase 19%. Ações de bancos também despencaram. As do Itaú abriram em baixa de 18,8% e as do Bradesco, 17,6%.
A denúncia contra Temer fez com que os juros no mercado subissem mais de 80 pontos. Isso fez com que o Tesouro Nacional suspendesse a abertura da comercialização de títulos do Tesouro Direto. Também foram suspensos leilões de títulos que haviam sido agendados para esta quinta-feira.
Turismo
Casas de câmbio, como as corretoras Cotação e a Confidence, paralisaram as operações de venda de dólar turismo. No telefone de atendimento, a Cotação informa que não há previsão para reabertura dos negócios. Já na Confidence, um aviso no site afirma que o funcionamento será excepcionalmente a partir das 10h30.
Já na DG Câmbio, o operador informou que o dólar turismo em papel está sendo vendido a R$ 3,52 mais o IOF, enquanto nesta quarta-feira estava a R$ 3,19, uma alta de 10,34%. Já o euro subiu 11,1%, de R$ 3,60 nesta quarta-feira para R$ 4 mais IOF, nesta quinta-feira.
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