O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode comparecer à cerimônia de posse de Jair Bolsonaro (PSL), em Brasília, no dia 1.º de janeiro de 2019. Segundo informações da equipe de transição do futuro presidente brasileiro, o convite foi bem recebido e está sendo avaliado pela Casa Branca. Ainda há conversas em andamento para que o martelo seja batido.
Trump não costuma comparecer a posses de presidentes eleitos, enviando, normalmente, um chanceler para essas cerimônias. Se confirmada, sua presença implicaria em mais um reforço na segurança do evento. Seria também a primeira vez que Trump visitaria o Brasil na condição de presidente.
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Pelo Twitter, o assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA), John Bolton, confirmou que fará uma viagem ao Brasil na próxima semana, quando deve se encontrar com Bolsonaro. “Ansioso para encontrar com o próximo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, no Rio, em 29 de novembro. Compartilhamos muitos interesses bilaterais e trabalharemos de perto para aumentar a liberdade e a prosperidade em todo o Hemisfério Ocidental”, escreveu.
Bolton viajará ao Brasil antes de ir a Buenos Aires, na Argentina, para o encontro do G-20. Dias antes de Bolton ir ao Brasil, o deputado eleito Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente eleito e um dos articulares da aproximação do novo governo com os EUA, viajará a Washington.
Na capital americana, ele participará de um evento a portas fechadas com membros do Brazil-US Business Council e de um almoço organizado pelo American Enterprise Institute nos dias 26 e 27.
Relação entre Bolsonaro e Trump
Horas após a confirmação da vitória de Bolsonaro, ele e Trump conversaram por telefone brevemente. O americano parabenizou Bolsonaro pela eleição e afirmou que pretende trabalhar junto com o presidente brasileiro sobre acordos na área militar, comercial e também em questões regionais. Assim como Trump, Bolsonaro é crítico do governo de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela.
No início do mês, em discurso, Bolton considerou a eleição de Bolsonaro no Brasil como um sinal positivo na América Latina e destacou que o brasileiro é um parceiro com ideias semelhantes às dos EUA. Bolton, que é um dos conselheiros do presidente Donald Trump para política externa, considera Bolsonaro como um aliado na região contra governos de esquerda como Venezuela, Cuba e Nicarágua – o que ele já chamou de “troica da tirania”.
Como será a posse
A cerimônia de posse começará pela manhã com um culto na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, seguida de um almoço no Itamaraty. Depois, ocorre a posse formal no Congresso Nacional. A última parada é o Palácio do Planalto, com a simbólica subida da rampa e a troca da faixa presidencial.
Ainda há dúvidas se Bolsonaro desfilará em carro aberto, no tradicional Rolls-Royce Silver Wraith de 1952, utilizado pela primeira vez por Getúlio Vargas, em 1953.
Alguns aliados são contrários à ideia por medidas de segurança, especialmente após o atentado sofrido pelo presidente eleito em um ato de campanha, em Juíz de Fora (MG), em setembro.
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