Dos 120 deputados recebidos por Temer, apenas 6 votaram contra o presidente

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O corpo a corpo que Michel Temer fez com 120 deputados recebidos em quinze dias com o objetivo de salvar de seu mandato teve uma taxa de sucesso de quase 100%. Desse total, apenas 6 votaram contra o presidente na sessão de quarta-feira (25) no plenário da Câmara. Disseram "não" ao relatório de Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que "absolveu" Temer e seus ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria de Governo).

Desses seis, dois tinham até votado a favor de Temer na primeira denúncia: Abel Mesquita (DEM-RR) e João Campos (PRB-GO). Mas nessa segunda acusação do ex-chefe da PGR, Rodrigo Janot, viraram a casaca e votaram contra o presidente, entendendo que ele deveria sim ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

Temer conseguiu até virar um voto a seu favor: de César Halum (PRB-TO), que votou contra o presidente e dessa vez foi favorável. Naquela oportunidade, Halum era um crítico do presidente e justificou assim seu voto a favor de que o STF investigasse o presidente: "Tenho 29 anos de vida pública e sempre me pautei pela transparência, coerência e combate à corrupção", afirmou à época. 

Agora, disse que é preciso manter Temer porque o país precisa respirar e crescer. Em 17 de outubro, Halum foi recebido por Temer com uma comitiva de prefeitos de sua base eleitoral. 

Os outros quatro que estiveram com Temer no Planalto mas lhe "viraram as costas" foram Carlos Andrade (PHS-RR), Eros Biondini (PROS-MG), George Hilton (PP-MG) e Luiz Carlos Heinze (PP-RS). 

Dos 120 deputados que estiveram em audiências com o presidente no Planalto, 105 votaram "sim" ontem, a favor do relatório que arquiva a denúncia de Janot. Cinco estiveram ausentes, o que beneficiou o presidente, e três não estão no mandato nesta segunda votação. Voltaram para a suplência e deram vaga para os titulares.