| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

A economia brasileira voltou a crescer após dois anos de forte retração. Segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todas as riquezas produzidas pelo país – avançou 1% em 2017. Os destaques foram o crescimento da agropecuária, pelo lado da produção, e do consumo das famílias, pela ótica da demanda.

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O PIB havia encolhido 3,5% tanto em 2015 quanto em 2016, acumulando queda de quase 7% nesses dois anos. Até então, a última vez em que a economia havia registrado crescimento foi em 2014. E um crescimento bastante discreto, de apenas 0,5%.

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O avanço do PIB per capita – isto é, a riqueza total dividida pelo número de habitantes – foi quase imperceptível em 2017. Ele subiu apenas 0,2%, segundo o IBGE, após três anos encolhendo. O indicador havia diminuído 0,4% em 2014, 4,3% em 2015 e 4,2% em 2016, acumulando baixa de quase 9%.

Sob a ótica da oferta, isto é, da produção, a atividade agropecuária cresceu 13%, “com destaque para as lavouras do milho (55,2%) e da soja (19,4%)”, segundo o IBGE. Os serviços oscilaram 0,3%, puxados de um lado pelo comércio, que avançou 1,8%, e de outro por atividades financeiras, que encolheram 1,3%.

A indústria ficou estável (0%) em 2017, na comparação com o ano anterior, com destaque positivo para as indústrias extrativas (alta de 4,3%) e negativo para a construção (queda de 5%).

Pelo lado da demanda, todo o crescimento do PIB se deve ao consumo das famílias, que avançou 1% sobre 2016, o que, segundo o IBGE, “pode ser explicado pelo comportamento dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda no ano de 2017”. As despesas do governo diminuíram 0,6% em relação a 2016.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede o investimento produtivo, caiu 1,8%, puxada pela queda da construção. Foi a quarta queda anual seguida desse indicador, que acumulou baixa de mais de 27% desde 2014.

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Em relação ao tamanho da economia, a taxa de investimento recuou ao mais baixo patamar desde 2000, início da série do IBGE. Em 2017, os investimentos corresponderam a 15,6% do PIB total. Até então, a taxa mais baixa havia sido a de 2016 (16,1%).

São péssimos sinais, uma vez que o investimento é que forma a base para o crescimento futuro da economia. Sem ele, a tendência é de que a inflação acelere mais rápido à medida que o consumo aumenta.

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