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| Foto: NELSON ALMEIDA/AFP

Ex-coordenador do plano econômico do candidato derrotado à Presidência da República Ciro Gomes (PDT-CE), o economista Mauro Benevides Filho (PDT-CE) vai apresentar a sua proposta de reforma de Previdência ao governo Bolsonaro. Ele vai se reunir nesta terça-feira (29) com o secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, para tratar da reforma. O convite foi uma iniciativa do próprio governo Bolsonaro. 

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Atualmente, Benevides Filho é secretário de Planejamento e Gestão do Ceará, comandado pelo petista Camilo Santana. O economista também foi eleito deputado federal nas eleições de outubro do ano passado e toma posse nesta sexta-feira (1º). A expectativa é que ele se ausente por alguns meses do cargo de secretário para se dedicar à atividade parlamentar.  

Histórico de embates com Bolsonaro e Paulo Guedes

Durante a campanha presidencial, Benevides Filho foi coordenador do programa econômico de Ciro Gomes. Ciro, por diversas vezes, fez críticas ferrenhas ao hoje ministro da Economia Paulo Guedes, na época coordenador do plano econômico de Jair Bolsonaro (PSL). O candidato derrotado do PDT chegou a dizer, durante a campanha, que o "neoliberalismo" de Guedes "instrumentaliza economicamente o fascismo".  

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Benevides Filho, apesar de ter feito menos críticas públicas a Guedes, também não é próximo do ministro. No período eleitoral, os dois chegaram a evitar compromissos públicos juntos. 

O que o economista ligado a Ciro vai conversar com o secretário de Guedes? 

Agora, o economista ligado a Ciro vai debater a reforma da Previdência com Rogério Marinho, deputado federal derrotado e nomeado por Guedes para secretário especial da Previdência e Trabalho. Segundo a assessoria de Benevides Filho, o economista vai tratar de todos os pilares da reforma, incluindo a capitalização. O modelo traçado para o programa de governo de Ciro Gomes será levado à mesa. 

Esse modelo inclui uma reforma da Previdência em três pilares. O primeiro seria separar a parte da assistência dos benefícios previdenciários, com o Tesouro bancando o assistencialismo. O segundo pilar seria manter o atual regime, de repartição, mas mudar as regras, como reduzir o teto e adotar idades mínimas diferentes de acordo com atividade e gênero. O terceiro seria instituir um regime de capitalização para quem ganha acima de determinado valor.  

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A reforma da Previdência do governo Bolsonaro também deve ser mista, de acordo com o que vem sinalizando a equipe econômica. Ela deve manter o sistema atual de repartição  com algumas mudanças, como idade mínima, equiparação de regras entres setores e regime de transição. Também deve ser criado o sistema de capitalização para quem está entrando no mercado de trabalho.  

A expectativa é que o texto seja finalizado e levado ao Congresso em fevereiro.

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