O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) chegou antes que o pai aos Estados Unidos para participar de um evento organizado por Steve Bannon, em Washington, prévio à chegada de Jair Bolsonaro à capital americana. E já causou polêmica. Eduardo, que é presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, classificou os imigrantes em situação irregular fora do país como uma “vergonha nossa”.
“Um brasileiro ilegalmente fora do país é um problema do Brasil, isso é vergonha nossa, para a gente. Um brasileiro que vai para o exterior e comete qualquer tipo de delito, eu me sinto envergonhado”, afirmou o deputado, ao comentar o fato de os Estados Unidos não oferecerem reciprocidade ao Brasil para isentar turistas de visto para entrada no país. Segundo ele, há mais brasileiros que passariam a viver ilegalmente nos EUA com isso.
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“A pergunta que eu faço é o seguinte: quantos americanos vão aproveitar essa brecha e vir morar ilegalmente no Brasil? Agora vamos fazer a pergunta contrária: se os EUA permitirem que brasileiros entrem lá sem visto, quantos brasileiros vão para os Estados Unidos, sem visto, se passando por turista, e vão passar a viver ilegalmente aqui?”.
“Será que estou falando algum absurdo em dizer que, sem a necessidade de um visto, várias pessoas entrariam nos EUA de maneira ilegal e ilegalmente permaneceriam lá? Eu acredito que não”, emendou o deputado e filho do presidente.
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O governo brasileiro vai isentar EUA, Japão, Austrália e Canadá de visto para entrada no país sem a contrapartida americana, por exemplo, para liberar a entrada dos brasileiros. “Nós, brasileiros, é que vamos ser espertos e vamos pegar os dólares dos turistas americanos, japoneses, australianos e canadenses”, disse Eduardo. A isenção de visto para americanos é um dos anúncios que devem ser feito durante a visita oficial do presidente Jair Bolsonaro aos EUA.
Filme de Olavo de Carvalho
Eduardo chegou na véspera do desembarque do pai na capital americana e participou da exibição de um filme sobre a obra de Olavo de Carvalho, considerado guru ideológico do governo Bolsonaro. O filósofo, considerado bastante influente no Palácio do Planalto apesar de viver nos EUA, também participou do evento em Washington ao lado de Bannon.
O deputado brasileiro minimizou o fato de a aproximação com Bannon gerar ruído no governo americano. Após ser estrategista de Donald Trump, Bannon foi demitido da Casa Branca e já foi chamado de traidor por Trump. O evento foi realizado no Trump International Hotel.
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