O Partido dos Trabalhadores (PT) deve anunciar a troca oficial de candidato a presidente em um ato organizado para acontecer em Curitiba na próxima terça-feira (11). Segundo a coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo, o partido bateu o martelo e vai anunciar o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como o candidato da chapa à Presidência da República e a deputada Manuela d’Ávila (PCdoB) como vice. Para isso, será feito um ato na capital paranaense com a presença de petistas e apoiadores da coligação.
A coluna relata que a decisão foi tomada na segunda-feira (3), quando Haddad visitou Lula na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. Lula está preso desde abril, após ter sido condenado em segunda instância, pelo TRF-4, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato, no caso do triplex do Guarujá.
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A visita de Haddad a Lula durou cerca de cinco horas e aconteceu em dois turnos: durante a manhã e a tarde. O ex-prefeito chegou a cancelar uma visita que faria ao Rio Grande do Sul para continuar o encontro com Lula à tarde.
Discurso de manter Lula como candidato é apenas simbólico
Oficialmente, após a reunião, Haddad disse que Lula seguia como candidato à Presidência da República. Na prática, segundo a coluna da Folha, o discurso foi somente simbólico. O próprio Lula, quem dá a palavra final sobre a estratégia do partido na corrida presidencial, teria concordado com a substituição e com o ato no dia 11 de setembro.
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Os recursos que o partido vai apresentar às Cortes Superiores também são simbólicos, segundo a coluna. A estratégia é manter o discurso de que a prisão de Lula é um “golpe”, na visão dos petistas, e que a sigla continua lutando pelos direitos do ex-presidente. No Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um recurso já foi protocolado para impedir a impugnação de candidatura de Lula. Outro recurso deve ser protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF).
Na segunda, PT pode anunciar a estratégia
Ainda segundo a coluna, petistas e apoiadores da sigla já estão sendo avisados do ato previsto para o dia 11. O PT e o PCdoB estudam oficializar o chamado um dia antes, na segunda-feira (10), durante um evento com artistas e intelectuais no Tuca, em São Paulo.
Na madruga de sexta para sábado (1º), o TSE barrou por 6 votos a 1 a candidatura de Lula, com base na Lei da Ficha Limpa, que proíbe pessoas condenadas em turmas colegiadas de concorrer nas eleições. O tribunal deu prazo de dez dias para substituição e o dia 11 é o último para fazer isso, caso contrário o PT pode ficar sem candidato nestas eleições presidenciais.
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