Após passar três semanas visitando o Nordeste, em agosto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia na próxima segunda-feira (23) uma caravana de oito dias por Minas Gerais. De ônibus, o petista deve percorrer um trajeto de cerca de 1.300 quilômetros por ao menos 14 cidades e sete regiões do estado.
A largada será dada em Ipatinga, onde o presidente participará de um ato “em defesa da soberania nacional” às 18 horas. Depois, a comitiva deve passar por cidades do Vale do Rio Doce, Vale do Mucuri, Vale do Jequitinhonha, Norte de Minas e terminar em Belo Horizonte, no dia 30 de outubro.
O petista vai encontrar um cenário parecido com o que a Gazeta do Povo se deparou em setembro, quando percorreu 3,5 mil quilômetros por municípios mineiros para produzir a série de reportagens “O que os brasileiros esperam do futuro presidente a um ano das eleições”. O maior desejo das populações locais é aumentar os investimentos em saúde, combate à corrupção e geração de emprego.
À espera do julgamento em segunda instância do processo em que o juiz Sergio Moro o condenou a nove anos e meio por corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato, que pode inviabilizar sua candidatura, o ex-presidente dá continuação às caravanas – modelo que traz desde os anos 1990 – para divulgar seu projeto de chegar ao Planalto.
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Em entrevista concedida nesta quarta-feira (18) à rádio Super Notícia, de Belo Horizonte, Lula disse que pretende rodar ainda os estados do Sul, do Centro-Oeste e do Norte.
“O objetivo é tentar ver o que aconteceu no Brasil nesses últimos anos. Quero ver as pessoas, me parece que estamos perdendo muito dos direitos que conquistamos nos últimos anos no Brasil”, declarou o petista. Integrantes do partido também cogitam um giro pelo interior paulista.
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Na entrevista, Lula teceu elogios a José Alencar, empresário mineiro e seu vice entre 2003 e 2010, e também ao governo do petista Fernando Pimentel, que teria diminuído o endividamento de Minas Gerais desde a sua chegada, em 2015.
Alfinetada no PSDB
Questionado sobre os possíveis adversários no ano que vem, de esquerda ou de direita, o ex-presidente disse que prefere não escolher, mas aproveitou para dar uma alfinetada no PSDB. “Eu não me preocupo com isso, porque o PSDB está desestabilizado. Você vê, eles me dão tiro de canhão todo dia e estou vivo, deram um tiro de garrucha no Aécio e ele caiu”, disse.
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