Denunciado na Lava Jato, com as chances de tentar novamente o Planalto reduzida a zero e ainda sem rumo nesse ano eleitoral, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) tenta sair das cordas. Seu mandato de senador acaba neste ano e ele articula sua candidatura à Câmara dos Deputados e tenta influenciar na eleição para o governo do estado em Minas Gerais. Aécio tem concedido entrevistas em emissoras de rádio do interior mineiro, várias delas de seu gabinete em Brasília, por telefone, na tentativa de demonstrar que a vida segue normal.
Aécio não fala tanto do conteúdo das denúncias contra ele no STF e voltou a negar que cometeu ilegalidades e acusa o empresário Joesley Batista de tentar comprometer o seu nome. Mas reconhece que exagerou no que falou em algumas conversas, que contêm palavrões. Numa dessas gravações de conversa telefônica, ele fala até em matar o primo Frederico Pacheco, que recebeu dinheiro de Joesley para Aécio.
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Numa dessas entrevistas, para a rádio CBN de Juiz de Fora (MG), Aécio diz que se tivesse sido eleito presidente em 2014, derrotando Dilma Rousseff, faria o melhor governo da história do país.
"Disputei as eleições de 2014 com enorme qualificação. Não tenho dúvida que se tivesse vencido as eleições faríamos um governo para passar para a história. Talvez o melhor da história do país", diz o ex-governador mineiro, que escolheu novamente o PT como seu principal inimigo em Minas Gerais. "Como ajudei a resgatar o país das mãos do PT, vou fazer o mesmo em Minas Gerais", disse.
Mas Aécio encontra dificuldade para se articular até mesmo no seu partido. Os tucanos de Minas estão rachados. Aécio quer o senador Antônio Anastasia, também do PSDB e que teve seu inquérito na Lava Jato arquivado no STF, como candidato ao governo. Anastasia resiste, o que tem irritado Aécio. O PSDB está sem nome e o ex-presidenciável tentando uma saída, que pode ser, para ele, disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. E, se eleito, continuar com o foro privilegiado.
Perguntado sobre o drama que vive o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Aécio não pesou a mão. Disse ser preciso tomar cuidado para não cair na "armadilha de politizar questões de tribunais" e, por ele, Lula deveria disputar as eleições. E ser derrotado nas urnas.
"Não gostaria de ver o Lula preso, mas disputando as eleições. Sendo derrotado nas urnas. Mas não é questão a ser resolvida nem nas ruas nem no Congresso. Mas na Justiça. E ele tem a possibilidade dos recursos, como qualquer cidadão", disse Aécio.
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