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Senadores da Comissão de Direitos Humanos deixam a Superintendência da Polícia Federal após vistoria na cela de Lula na terça-feira. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Senadores da Comissão de Direitos Humanos deixam a Superintendência da Polícia Federal após vistoria na cela de Lula na terça-feira.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Depois de onze senadores visitarem Lula na cadeia da Lava Jato na terça-feira (17), agora dez deputados querem ir ao encontro do petista. O pretexto dos parlamentares é “verificar in loco as condições em que se encontra o ex-presidente da República na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba”. Lula cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão por condenação no processo do triplex do Guarujá (SP).

Em ofício à Justiça Federal no Paraná, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) comunicou que “referida diligência” será realizada nesta quinta-feira (19). Ele pede “a devida ciência aos responsáveis pelo acompanhamento da visita dos parlamentares”.

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O petista anexou ao ofício endereçado à Justiça ato do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que informa sobre a criação de Comissão Externa, “sem ônus para a Câmara”.

Maia elencou os nomes dos dez deputados – Paulo Pimenta (PT-RS), André Figueiredo (PDT-CE), Bebeto (PSB-BA), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), José Guimarães (PT-CE), Ivan Valente (PSOL-SP), Orlando Silva (PCdoB-SP), Paulo Teixeira (PT-SP), Wadih Damous (PT-RJ) e Weverton Rocha (PDT-MA).

Na terça-feira, um grupo de senadores foi a Curitiba. Eles permaneceram durante cerca de duas horas com Lula. À saída, disseram que o ex-presidente está “tranquilo, mas indignado com sua situação e com distorções que têm sido publicadas sobre ele”. A visita dos senadores durou cerca de duas horas. Eles chegaram à PF por volta de 14h10. Deixaram o local às 16 horas.

Visita vetada

A juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, negou nesta quarta (18) a autorização para que o Prêmio Nobel da Paz, de 1980, o argentino Adolfo Perez Esquivel, visite Lula em sua cela. Esquivel solicitava ainda autorização para inspecionar as demais instalações da superintendência, na condição de presidente da organização não governamental Serviço de Justiça e Paz (Serpaj).

“Efetivamente, não há fundamento legal a amparar a pretensão deduzida”, disse a juíza no despacho, justificando que o direito dado a órgãos internacionais não são estendidos a órgãos sociais de caráter não governamental, já que, embora seja entidade consultiva das Nações Unidas, a Serpaj não a integra.

A juíza disse ainda que não há indicativo de violação a direitos dos presos na carceragem da PF. “Especificamente em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reservou-se, inclusive, espécie de Sala de Estado Maior, separada dos demais presos, sem qualquer risco para a integridade moral ou física”, disse.

Esquivel é autor de uma campanha na internet para que seja concedido ao ex-presidente Lula o Prêmio Nobel da Paz. Criado no dia 5 de abril, o abaixo-assinado já atraiu 234 mil assinaturas.

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