Em encontro com representantes do agronegócio na manhã desta quarta-feira (29) na Confederação de Agricultura e Pecuária (CNA), o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) prometeu que irá reeditar uma medida provisória do governo Fernando Henrique Cardoso que punia os invasores de terra. Por essa medida, as propriedades rurais invadidas por sem-terra, mesmo que improdutivas, ficava dois anos fora da lista de imóveis destinados à reforma agrária. Mais: Alckmin prometeu ampliar esse prazo para quatro anos. Foi aplaudido pela plateia, composta por produtores rurais.
“O caminho não é a invasão de propriedade. O ex-presidente Fernando Henrique baixou uma medida provisória, mas, no governo do PT, foi para as calendas. Nunca foi votada. Vou reeditar essa MP e dobrar o prazo de dois para quatro anos. Invasão de terra não será tolerada”, disse Alckmin.
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Outro momento em que foi aplaudido foi quando afirmou que, se eleito, vai cobrar dos governadores agilidade no cumprimento de decisões de reintegração de posse de fazendas ocupadas por sem-terra.
“Invadiu? Desinvade! É preciso ter firmeza no cumprimento das decisões de reintegração de posse. E, se não forem cumpridas, vou cobrar dos governadores. Cabe a polícia executá-la. Muitos estados não executam”, disse o tucano.
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O ex-governador de São Paulo voltou a defender o porte de arma para o homem do campo.
“Vou trabalhar para facilitar a posse e o porte de arma no campo. Me lembro que meu pai, que era da área rural, tinha uma espingarda antiga, em cima do armário. Nem sei se funcionava”, disse.
Eleição começa depois da “parada militar”
Alckmin se mostrou tranquilo em relação aos números da pesquisas, que o apontam com performance que varia de 5% a 8%. Ele acredita que a campanha eleitoral só começa mesmo depois da “parada militar”, afirmou, lembrando, segundo ele, uma máxima do ex-governador mineiro Hélio Garcia, político das décadas de 1970 e 1980.
“O Hélio Garcia dizia há anos que eleição começa mesmo depois da Parada Militar (se referindo ao 7 de Setembro). A eleição será decidida em setembro”, disse Alckmin, que afirmou ainda que cada um tem um entendimento sobre estratégia eleitoral. Ele lembrou, e reconheceu não ter sido a melhor tática.
“Me disseram que perdi porque fui em cima do Lula no segundo turno. ‘Bateu muito no Lula, por isso perdeu”, lembrou.
DESEJOS PARA O BRASIL: Uma política moralmente exemplar
O presidenciável tucano fez uma brincadeira com jornalistas ao ser questionado sobre quando ele entende que sua candidatura irá emplacar, chegar no segundo dígito.
“Meu sonho de futuro é cobrir uma eleição, tendo jornalistas como candidatos. Minha primeira pergunta seria: por que não decola? Há dois ansiosos na vida: o político e o jornalista.”
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