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| Foto: Beto Barata/PR

Um dia depois de anunciada a articulação da aliança entre PSDB e Centrão em favor da candidatura de Geraldo Alckmin à presidência, o PT decidiu intensificar a associação do tucano com o governo do presidente Michel Temer (MDB).

Reunido nesta sexta-feira (20), o comando petista concluiu que a costura fortalece o tucanato e aponta para uma tendência de polarização entre PT e PSDB.

Coordenador da pré-campanha petista, o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli afirma que essa união vai polarizar ainda mais a eleição.

Presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (PR), disse que “essa aliança retoma o pacto das velhas elites brasileiras”.

“São as representantes da Globo, do sistema financeiro, de quem deu o golpe em torno de um candidato para continuar a retirada do direto dos trabalhadores, para continuar o massacre do povo e a entrega do país”, disse Gleisi.

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Ao comentar o volume de tempo ao qual Alckmin deverá ter direito nos programas de rádio e TV, Gleisi ironizou: “Eles vão precisar de mais tempo para justificar toda a lambança que fizeram no Brasil. O Alckmin, por exemplo, vai ter que justificar o apoio ao Temer, ao impeachment da Dilma, a emenda Constitucional 95, a reforma trabalhista. Eles vão precisar de muito tempo para se explicar ao povo brasileiro”.

O vice-presidente do PT Márcio Macedo, que esteve com Lula na tarde de quinta-feira (19), em Curitiba, também aposta na tendência de crescimento de Alckmin. Mas ressalta que o tucano terá de disputar o eleitor com Jair Bolsonaro (PSL).

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Jogo de sedução

A presidente do PT ainda lança dúvidas à possibilidade de o empresário Josué Gomes aceitar a indicação para a vice da chapa de Alckmin. “A última vez que nós conversamos com Josué, ele disse que ele seria vice de só uma pessoa, de Luiz Inácio Lula da Silva”, disse Gleisi em alusão à reunião ocorrida há cerca de um mês. 

O PT vai trabalhar para que Josué Gomes não aceite ser candidato a vice-presidente na chapa de Alckmin. Na segunda-feira (23), o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), deve se encontrar com o empresário para oferecer a vaga de vice na disputa pela reeleição no governo mineiro.

Pimentel vai argumentar com Josué que vale mais a pena compor uma chapa estadual com chance de vitória, na visão do atual governador, do que uma coligação nacional para presidente que no melhor cenário das pesquisas de intenção de voto não ultrapassa 7%.

“Para nós, ele [Josué] tinha dito que não aceitaria [ser vice de Alckmin]. Esperamos que ele cumpra a promessa”, acrescentou o ex-ministro petista Gilberto Carvalho.

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