Após deixar a casa do candidato Jair Bolsonaro (PSL), o médico cirurgião Antonio Luiz Macedo disse à reportagem que a participação do presidenciável em debates depende dele. “Depende dele por causa da colostomia”, afirmou por meio de mensagem.
Macedo é o responsável pelo acompanhamento médico de Bolsonaro desde que ele foi vítima de uma facada no dia 6 de setembro. Ele foi à residência do capitão reformado, na Barra da Tijuca, na manhã desta quinta-feira (18) para uma nova avaliação médica. Ao contrário de visitas anteriores, deixou o local sem falar com jornalistas.
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Como a participação de Bolsonaro em debates aguardava liberação médica, a reportagem questionou Macedo sobre o tema, que respondeu sem dar mais detalhes sobre o que o candidato pode fazer. O médico divulgou apenas uma nota à imprensa depois de ter deixado o local, onde passou quase duas horas.
“O candidato à Presidência Jair Bolsonaro foi submetido hoje a avaliação médica multiprofissional, de exames de imagem e laboratoriais, que se mostraram estáveis. Apresenta boa evolução clínica e a avaliação nutricional evidenciou melhora da composição corpórea, mas ainda exigindo suporte nutricional e fisioterapia”, diz a nota.
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Na semana passada, Macedo esteve no Rio de Janeiro e disse que o candidato certamente seria liberado nesta quinta. Na ocasião, ele informou que o quadro do deputado federal era estável e que ele deveria apenas reforçar sua nutrição devido à perda de 15 quilos desde o atentado. Bolsonaro vem justificando sua ausência em debates devido a seu estado de saúde, mas tem sido alvo de críticas.
Ao visitar a Polícia Federal no Rio, na quarta-feira (17), o candidato chegou a dizer que a ida a debate era uma escolha estratégica e se comparou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem desfere críticas frequentes, dizendo que o petista também faltou aos encontros em 2006, quando concorria à reeleição.
Depois de 40 minutos, os médicos atualizaram a nota com uma frase: “Ainda permanece como fator limitante relativo a presença da colostomia”. Questionado sobre as atividades limitadas pela colostomia, Macedo não respondeu.
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