Após participar do programa “Roda Viva”, da TV Cultura, o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, disse a jornalistas que a escolha do vice em sua chapa se afunilou entre os nomes da advogada Janaína Paschoal, do príncipe Luiz Philippe de Orleans e Bragança e do deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG).
O presidenciável, no entanto, não escondeu sua preferência pela advogada, coautora do pedido de impeachment de Dilma Rousseff. “É o plano A. Conversei hoje pela segunda vez com Janaína e tem tudo para dar certo”, afirmou Bolsonaro, na noite de segunda-feira (30).
Segundo o candidato, questões familiares da advogada ainda impedem o fechamento de um acordo. Ele espera uma resposta até domingo (5).
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Janaína ainda não se decidiu sobre o convite
Presente entre os convidados que acompanharam a entrevista de Bolsonaro, Janaína afirmou que ainda não se decidiu sobre o convite feito pelo deputado para que integre a chapa como vice. Ela disse estar relutante sobre entrar na política. “Eu sei que tem somente uma semana [para decidir]. Estou em dúvida ainda. Estamos avaliando”, disse a jornalistas após o final do programa.
Antes do “Roda Viva”, ela conversou com o capitão da reserva por cerca de duas horas. Segundo a professora da USP, o diálogo “correu bem”.
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Caso decida mesmo entrar na política, a advogada deixou claro que o fará “pelo Brasil”, e não para ajudar Bolsonaro. “Deixei isso bem claro para ele”, salientou.
Questionada sobre o que considera ser um vice ideal, a advogada disse entender que o posto deve ser ocupado por uma pessoa que “blinda o presidente, ou seja, não faz nenhum tipo de acordo que possa fragilizá-lo”, e ao mesmo tempo protege a Constituição. “A estabilidade da República é algo extremamente importante. Muita gente diz que o vice não presta para nada, mas eu acho muito importante
Opções para caso Janaína não aceite
Caso a advogada não aceite o convite, Bolsonaro disse que o príncipe Luiz Philippe deverá integrar sua chapa. Álvaro Antônio seria a terceira opção, para o caso de uma nova recusa.
A busca por um vice tem movimentado a campanha bolsonarista desde a recusa do senador Magno Malta (PR-ES), que preferiu tentar a reeleição. Outros sete nomes chegaram a ser cogitados, entre eles o do astronauta Marcos Pontes, o do presidente licenciado do PSL, Luciano Bivar, e de dois generais da reserva.
Bolsonaro, no entanto, minimizou a questão. “Eu sou o único candidato com três vices. Além do oficial, tem o Magno, que pediu pra eu ir à convenção dele, e também o [general Augusto] Heleno. Eles estão engajados em minha campanha”, disse. Heleno é filiado ao PRP, mas o partido recusou a aliança e vetou sua participação na chapa.
No Roda Viva, Bolsonaro estava acompanhado de Janaína, de Luiz Philippe e do general Heleno.
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