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 | Stéferson Faria/Agência Petrobras
| Foto: Stéferson Faria/Agência Petrobras

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, avalia nomes militares para presidir a Petrobras, caso seja eleito. Para setores da campanha do presidenciável, a mais importante estatal do país sob o comando de um general passaria a imagem de austeridade e minimizaria impactos negativos de um possível governo com políticos tradicionais. O candidato já sinalizou que poderá compor seu primeiro escalão com nomes do Democratas (DEM), partido do Centrão.

A Petrobras é considerada simbólica por ter sido alvo da Operação Lava Jato durante os governos do PT. Bolsonaro quer afastar a imagem de corrupção da companhia. Mas a equipe do presidenciável ainda está avaliando a possibilidade de nomear um general. Até o momento, não há um nome definido para presidir a estatal em um eventual governo Bolsonaro. Os generais da reserva ligados a Bolsonaro atuam mais nas áreas de defesa e infraestrutura.

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Criada em 1953, a Petrobras foi comandada por militares nos seus primeiros 25 anos. Neste período, apenas três dos 15 presidentes da companhia eram civis. Durante o regime militar, a companhia teve entre seus presidentes o general Ernesto Geisel (1969-1973), período que foi o apogeu da política estatizante do regime. A partir da nomeação do advogado Shigeaki Ueki, em 1979, a empresa só teve comandantes civis. O atual presidente é Ivan Monteiro, que substituiu o executivo Pedro Parente, que renunciou ao cargo em 1.º de junho, após a crise dos combustíveis.

Nomes do DEM que podem ir para um eventual governo Bolsonaro

Ao discutir com aliados a possibilidade de colocar a Petrobras sob o comando de um militar, Bolsonaro tenta também minimizar eventuais indicações de partidos do Centrão. Em encontro na terça-feira (23) com 32 representantes da Frente Parlamentar da Segurança Pública, o capitão reformado disse que levará para seu eventual governo dois deputados do DEM que não se reelegeram: Alberto Fraga (DF), atual líder da “bancada da bala” no Congresso, e Pauderney Avelino (AM).

Bolsonaro indicou Fraga como possível “coordenador” da base aliada – papel atualmente do ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência – durante o encontro com os parlamentares no Rio. “Anuncio aqui que quem vai coordenar a bancada, lá do Planalto, vai ser o Fraga”, disse Bolsonaro.

Oficial da reserva da Polícia Militar, o deputado perdeu a disputa pelo governo do Distrito Federal. Fraga negou que tenha recebido convite formal e afirmou ter sido surpreendido com a fala do presidenciável. “Foi um comentário despretensioso.”

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No mesmo encontro, o presidenciável gravou vídeo ao lado de Pauderney Avelino, a quem chamou de “grande companheiro” e amigo. Eles convivem desde 1991, quando eram filiados ao PDC. “Ele (Pauderney) fará parte, com toda certeza, do nosso governo, e fará intermediação com esse estado próspero e maravilhoso (Amazonas), mas que precisa de alguns reparos, para que vocês possam, na economia e em outras áreas também, crescer na região”, diz Bolsonaro

Questionado pela reportagem, Pauderney ponderou. “Primeiro tem que ganhar a eleição, depois vamos ver”, disse. “Acho que posso, sim, fazer parte (de um eventual governo Bolsonaro).”

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O DEM liberou os filiados no segundo turno, mas historicamente fez oposição ao PT. O presidente da legenda, o prefeito de Salvador, ACM Neto, declarou voto em Bolsonaro. Segundo ele, não haverá conversa do partido antes da votação do próximo domingo (25) e caberá ao presidente eleito definir “o tom” e “a condução dessa articulação política”.

“O Democratas quer ajudar o Brasil, mas também ninguém vai sair por aí se oferecendo”, afirmou ACM Neto. Ele disse ainda que considera normal e “nada surpreendente” que deputados do partido “que possuem afinidade com Bolsonaro ou por terem sido colegas de Congresso” se aproximem dele.

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