Em encontro com parlamentares eleitos pelo PSL, o candidato a presidente Jair Bolsonaro anunciou o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) como seu futuro chefe da Casa Civil, caso seja eleito no segundo turno. E também o general da reserva Augusto Heleno para o Ministério da Defesa, além de Paulo Guedes como chefe de uma futura pasta da Economia (Fazenda e Planejamento).
Bolsonaro participou do primeiro de grande evento de porte desde a vitória no primeiro turno, no último domingo (7), sob forte esquema de segurança. O presidenciável chegou ao hotel Windsor, na Barra da Tijuca, onde foi recebido pelos 52 deputados federais e quatro senadores do PSL que foram eleitos.
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O presidenciável percorreu a distância de cerca de 350 metros que separam o local de sua residência em um carro blindado e com escolta da Polícia Federal. O objetivo da campanha com o evento era mostrar que Bolsonaro terá força para governar se for eleito.
Aos seus partidários, o candidato pediu que mantenham neutralidade nas disputas a governador em seus estados, com exceção daqueles em que o PSL está no páreo.
“Essa é a missão mais importante. Nas disputas estaduais onde tem candidato nosso, vamos nos empenhar. Nos demais estados, vamos partir para a neutralidade. Afinal de contas, meu objetivo é 17, o nosso número para que possamos mais do que repetir a última votação e garantir a nossa eleição”, afirmou a uma plateia de partidários e aliados.
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Durante o encontro, o primeiro de grande porte desde a vitória no primeiro turno, Bolsonaro atacou o adversário pelo PT, Fernando Haddad. “Tenho visto o Haddad dizendo que vai reconstruir o Brasil. Quero cumprimentá-lo. Ele já reconhece que o Brasil foi destruído e por eles mesmos. Ele agora está me desafiando a debater com ele, para dizer o que eu fiz ao longo de 28 anos. Eu não roubei como seus colegas roubaram”, afirmou.
Bolsonaro ainda voltou a defender o candidato a vice em sua chapa, o general Hamilton Mourão. Disse que sua fala sobre o 13º foi mal compreendida e que, em vez disso, seu vice propõe o pagamento do benefício no programa social Bolsa Família. A ideia, segundo Bolsonaro, já teria sido aprovada também pelo assessor econômico Paulo Guedes.
Além de admitir que ainda avalia se vai participar de debates de televisão, Bolsonaro recomendou aos políticos do seu partido e apoiadores que não falem com a imprensa. “Recomendo, até se for o caso, a nem falar. Porque grande parte da mídia é de esquerda e quer, de todas as maneiras, arranjar um meio de nos desgastar”, disse. Ele se dirigiu em especial aos “eleitos”, que, em sua opinião, devem ter “muito cuidado para lidar com a mídia”.
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