Apontado como futuro ministro-chefe da Casa Civil, em vitória de Jair Bolsonaro, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) anunciou na tarde desta terça-feira (9) que, se eleito o candidato do PSL, não há chances de se votar a reforma da Previdência ainda este ano. Lorenzoni classificou o texto que tramitou como uma “grande porcaria” e que nem o presidenciável e nem ele apoiaram.
O presidente Michel Temer disse em setembro que entrará em contato com seu sucessor para tentar aprovar a reforma ainda durante seu governo. Se o sucessor for Bolsonaro, porém, o deputado afirma que o assunto só será discutido depois da posse, e não na transição.
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“Só vamos tratar desse assunto em 1º de janeiro de 2019, se formos eleitos. Nem um dia antes. Não está no plano de nenhuma ação do governo do Jair em 2019. Não há uma linha no nosso programa que fale de ação em 2018. E mais, daqui até o dia 28 não tem conversa alguma”, disse Lorenzoni, que criticou os termos da reforma da Previdência, que não chegou a ir a plenário.
“O Jair não era a favor dessa reforma. Eu não era. A maioria não era. É ruim. Uma porcaria. Não resolve nada”, disse.
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O deputado voltou a dizer que um eventual governo de Bolsonaro terá maioria para fazer alterações na Constituição. Ele acredita que o presidenciável do PSL terá uma base com pelo menos 310 deputados a partir da próxima legislatura, somando os congressistas da própria bancada e ao apoio de ruralistas, evangélicos e a chamada “bancada da bala”,