O candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) deve passar por uma nova cirurgia em janeiro para retirada da bolsa de colostomia. A informação foi confirmada pelo cirurgião-chefe da equipe médica do presidenciável, Antônio Luiz Macedo, do Hospital Israelita Albert Einstein, em entrevista ao Estadão . O procedimento já era esperado e poderia ser feito ainda neste ano, em dezembro, mas deve ser realizado somente em 2019 para não atrapalhar uma eventual posse de Bolsonaro.
O médico explica que, pela evolução de Bolsonaro, a operação para fechamento da colostomia poderia ser feita após 12 de dezembro. Mas, como a cirurgia querer duas semanas de recuperação – uma no hospital e outra em casa –, Macedo recomendou que ela seja feita em janeiro, após uma eventual posse, já que não haveria garantia que ele estaria completamente recuperado até 1.º de janeiro.
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De qualquer maneira, Bolsonaro vai precisar de duas semanas de recuperação. Então, caso ele venha a ser eleito, terá a sua agenda comprometida no início do mandato para realização do procedimento.
Ainda segundo Macedo, é possível que Bolsonaro queira fazer a cirurgia ainda este ano – e a palavra final será do capitão. “Ele é muito ativo, quase impulsivo, tem muita disposição para fazer as coisas, é capaz de ele querer tirar antes. Acho que se os exames estiverem bons no dia 18 de outubro, esperando terminar o pleito eleitoral, ele decide se fecha no meio de dezembro ou em janeiro”, disse ao Estadão. “Eu me sentiria mais seguro se a gente fechasse (a colostomia) após a (eventual) posse, em janeiro. Mas se ele quiser fazer antes, não vejo grandes dificuldades.”
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Por que fazer a nova cirurgia?
Vítima de uma tentativa de assassinato, Bolsonaro teve o seu intestino furado por uma faca durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), no início de setembro. Com isso, o candidato passou por duas cirurgias – uma na Santa Casa de Juiz de Fora e outra no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo (SP) – e ficou internado por três semanas.
Ele recebeu alta em 29 de setembro, mas ainda se recupera em casa e continua com uma bolsa de colostomia para saída das fezes. Essa bolsa é necessária até que o intestino grosso se recupere e volte a funcionar normalmente.
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A nova cirurgia será feita justamente para isso: para retirar a bolsa e para unir as alças do intestino grosso. Com isso, o trânsito intestinal vai voltar ao normal e Bolsonaro estará totalmente recuperado.
Segundo Macedo, as chances de complicação nessa cirurgia são menores do que as realizadas anteriormente. Ela, porém, não está isenta de ricos, como infecções, fístulas ou obstruções e demandará duas semanas de recuperação.