O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) renegou no Twitter votos de seguidores que praticam a violência. Na noite desta quarta-feira (10), o candidato à presidente escreveu: “Dispensamos voto e qualquer aproximação de quem pratica violência contra eleitores que não votam em mim”.
Bolsonaro prosseguiu: “A este tipo de gente peço que vote nulo ou na oposição por coerência, e que as autoridades tomem as medidas cabíveis, assim como contra caluniadores que tentam nos prejudicar”.
Em outra mensagem, ele disse que há um movimento orquestrado forjando agressões para prejudicar a campanha e que tenta conectar o capitão do exército ao nazismo: “Trata-se de mais uma das tantas mentiras que espalham ao meu respeito. Admiramos e respeitamos Israel e seu povo!”
Ataques a “opositores”
A declaração acontece após supostos seguidores terem cometido uma série de agressões desde o fim do primeiro turno. No mais grave episódio, o professor de capoeira Romualdo Rosário da Costa, de 63 anos, foi morto a facadas em Salvador após afirmar ser contrário a Bolsonaro. O agressor confesso, Paulo Sérgio, foi preso.
Questionado sobre o tema por jornalistas na terça-feira (10), Bolsonaro retrucou: “A pergunta não deveria ser invertida”. Ele lembrou que também foi alvo de um atentado a faca.
Em Curitiba, integrantes da torcida organizada Império Alviverde, do Coritiba, espancaram um ex-aluno da Universidade Federal do Paraná em frente à biblioteca central da UFPR. Segundo testemunhas, o agredido usava um boné do MST e, durante a agressão, os agressores entoavam o nome do presidenciável. Vidros da biblioteca também foram quebrados. A polícia investiga o caso.
Também na segunda-feira (8), uma jovem de 19 anos disse ter sido agredida por três homens em Porto Alegre (RS) por utilizar uma camiseta com a hashtag #EleNão. Além de socos, os agressores desenharam uma suástica no corpo da garota com um canivete. O delegado que recebeu a denúncia, Paulo Jardim, da 1ª DP de Porto Alegre, afirmou que “é um símbolo budista”.
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