Um dia após dizer que daria “carta branca” para a Polícia Militar (PM) matar, o presidenciável e deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), recuou e disse nesta sexta-feira (15), em discurso em Manacapuru (interior do Amazonas), que a autorização será apenas para o policial “não morrer”.
“Eu não quero dar carta branca pro policial matar, eu quero dar carta branca pro policial não morrer. E, se para não morrer, tem de matar, que faça o seu serviço”, disse Bolsonaro. Posteriormente, numa entrevista a uma rádio local, ele afirmou que não dá para conciliar combate à violência com o respeito aos direitos humanos. “Não dá pra fazer política de combate à violência, de segurança pública, tendo ao lado direitos humanos. Ou achar que todo mundo deve ser tratado igualmente mesmo quando está fazendo a coisa errada.”
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Críticas a ambientalistas e à burocracia ao licenciamento de obras
Na entrevista à rádio, Bolsonaro também atacou ambientalistas e defendeu a desburocratização das licenças ambientais. Ex-capitão do Exército, Bolsonaro disse que uma licença para uma usina hidrelétrica pequena deveria durar “não mais do que uma semana, e não três, quatro, seis anos”.
O presidenciável defendeu ainda que o programa Minha Casa Minha Vida seja repassado para as prefeituras, falou em aumentar os investimentos em pesquisa.
Marinha veta a presença da imprensa
A Marinha vetou a presença de jornalistas durante uma visita de Bolsonaro a um navio-hospital, nesta sexta-feira (15), em Manacapuru (a 85 km de Manaus). A visita ocorreu no início da manhã. Para chegar ao navio, parado no meio do rio Solimões, Bolsonaro teve de usar uma lancha militar.
Em nota de esclarecimento, a Marinha informou que Bolsonaro é um dos parlamentares que apresentaram emenda parlamentar para financiar as operações de assistência médica da Força Armada. “Assim, a visita do deputado tem caráter institucional e demonstrativo, cujo propósito é o de apresentar como esses recursos são aplicados’, afirma a nota.
Segundo a Marinha, essa atividade já foi realizada com outros parlamentares e que apenas a tripulação do navio e a comitiva de Bolsonaro participariam da visita.
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