Bolsonaro também acatou os ambientalistas em sua passagem pelo Amazonas.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Agência Brasil

Um dia após dizer que daria “carta branca” para a Polícia Militar (PM) matar, o presidenciável e deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), recuou e disse nesta sexta-feira (15), em discurso em Manacapuru (interior do Amazonas), que a autorização será apenas para o policial “não morrer”.

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“Eu não quero dar carta branca pro policial matar, eu quero dar carta branca pro policial não morrer. E, se para não morrer, tem de matar, que faça o seu serviço”, disse Bolsonaro. Posteriormente, numa entrevista a uma rádio local, ele afirmou que não dá para conciliar combate à violência com o respeito aos direitos humanos. “Não dá pra fazer política de combate à violência, de segurança pública, tendo ao lado direitos humanos. Ou achar que todo mundo deve ser tratado igualmente mesmo quando está fazendo a coisa errada.”

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Críticas a ambientalistas e à burocracia ao licenciamento de obras

Na entrevista à rádio, Bolsonaro também atacou ambientalistas e defendeu a desburocratização das licenças ambientais. Ex-capitão do Exército, Bolsonaro disse que uma licença para uma usina hidrelétrica pequena deveria durar “não mais do que uma semana, e não três, quatro, seis anos”.

O presidenciável defendeu ainda que o programa Minha Casa Minha Vida seja repassado para as prefeituras, falou em aumentar os investimentos em pesquisa.

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Marinha veta a presença da imprensa

A Marinha vetou a presença de jornalistas durante uma visita de Bolsonaro a um navio-hospital, nesta sexta-feira (15), em Manacapuru (a 85 km de Manaus). A visita ocorreu no início da manhã. Para chegar ao navio, parado no meio do rio Solimões, Bolsonaro teve de usar uma lancha militar.

Em nota de esclarecimento, a Marinha informou que Bolsonaro é um dos parlamentares que apresentaram emenda parlamentar para financiar as operações de assistência médica da Força Armada. “Assim, a visita do deputado tem caráter institucional e demonstrativo, cujo propósito é o de apresentar como esses recursos são aplicados’, afirma a nota.

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Segundo a Marinha, essa atividade já foi realizada com outros parlamentares e que apenas a tripulação do navio e a comitiva de Bolsonaro participariam da visita.

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