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Paulo Guedes: fundador do Banco Pactual, presidente do grupo de investimentos Bozano e PhD pela Universidade de Chicago. | HUGO HARADA
Paulo Guedes: fundador do Banco Pactual, presidente do grupo de investimentos Bozano e PhD pela Universidade de Chicago.| Foto: HUGO HARADA

Em mais um movimento para agradar ao mercado, o pré-candidato a Presidente e deputado Jair Bolsonaro (PEN/Patriota) anunciou nesta segunda-feira (27) quem pretende nomear para ministro da Fazenda caso seja eleito: o economista Paulo Guedes, um banqueiro e “Chicago boy”, como são apelidados os ex-alunos de economia da Universidade de Chicago, a meca do liberalismo.

Durante o fórum Amarelas ao Vivo, promovido pela revista Veja, Bolsonaro disse que se encontrou apenas duas vezes com Guedes e ponderou que ainda está na fase de “namoro” com o economista – que foi um dos fundadores do Banco Pactual e hoje é presidente do grupo de investimentos Bozano. Segundo o deputado, ainda a relação dele com Guedes ainda não é de “noivado”.

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Bolsonaro afirmou ainda que escolheu o nome de Paulo Guedes porque ele foi crítico de planos econômicos como o Cruzado e o Real e se recusou a participar do governo do PT.

A guinada pró-mercado de Bolsonaro: de desenvolvimentista a liberal

Jair Bolsonaro havia reconhecido recentemente não entender muito de economia – o que vinha provocando temores no mercado financeiro e no empresariado. Além disso, o deputado, nas votações de projetos de lei na Câmara, costumava ter um posicionamento desenvolvimentista e nacionalista na economia – o que o aproximava da política econômica da ditadura militar, do segundo mandato de Lula e da gestão inteira de Dilma Rousseff.

O desenvolvimentismo é a linha econômica que entende que o Estado tem um papel de estimular o desenvolvimento do país por meio da intervenção no mercado. É o oposto do liberalismo, conhecido pelo mantra “menos Estado na economia e na vida das pessoas”.

Desde que se tornou um nome viável para vencer a eleição, Bolsonaro passou a assumir discurso liberal. Deu declarações a favor de um Estado mais enxuto e menos interventor na economia. E até defendeu a privatização da Petrobras.

Bolsonaro também revelou estar sendo assessorado pelo economista Adolfo Sachsida, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Sachsida comandou o braço de Brasília do Movimento Brasil Livre (MBL) – que se autodefine como uma organização que luta pelo causa liberal.

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