O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta terça-feira (16) que não é possível falar em mais ricos no Brasil, já que todos estão enfrentando dificuldades financeiras, e indicou que não pretende taxar grandes fortunas.
“Acho que no Brasil você não pode falar em mais ricos. Está todo mundo sufocado. Se aumentar a carga tributária para os mais ricos, como aconteceu na França no governo anterior e o capital foi para a Rússia, o capital vai fugir daqui. A carga tributária é enorme. Quase tudo é progressivo no Brasil”, disse o deputado em entrevista ao SBT.
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Bolsonaro ainda complementou seu aceno ao mercado ao repetir que vai “facilitar a vida de quem produz” e “tirar o Estado do cangote de quem dá emprego”. Disse também que será mantida a autonomia do Banco Central, sem interferência política, com a continuidade do tripé econômico (meta de inflação, metas fiscais e câmbio flutuante).
Por outro lado, voltou a se mostrar reticente em alguns momentos ao falar em privatizações. Disse que “a depender do país para o qual se vende o bem, você continua estatizando”. A referência de Bolsonaro no caso é a China, que ele tem dito que está “comprando o Brasil”.
Durante a entrevista, admitiu fazer modificações na Previdência dos militares, mas mantendo privilégios.
“A Previdência dos militares é diferente da dos outros. Não temos hora extra, fundo de garantia, direito à greve. Ao longo de 30 anos de carreira o militar trabalha, na verdade, 45. Você pode propor alguma mudança, sim. Só que você não pode igualar aos demais com direitos trabalhistas diferentes”, afirmou.
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