Desde que deixou o hospital Albert Einstein, em São Paulo, no dia 29 de setembro, o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) está com uma bolsa de colostomia. O objeto tem causado incômodo ao capitão da reserva, que já se queixou de dor em alguns momentos e teve que readaptar o seu figurino para facilitar os movimentos. O presidenciável vai passar nesta quinta-feira (18) por uma nova reavaliação médica e deve ser liberado, mas a bolsa só será retirada em dezembro ou janeiro.
Para disfarçar o objeto, que fica colado ao corpo e faz a coleta de fezes e gases, Bolsonarou trocou as camisas sociais claras por camisetas e jaquetas esportivas, preferencialmente de cores escuras, como preto e azul marinho.
Como a bolsa gera desconforto e incômodo, o candidato adotou modelos mais confortáveis, preferindo tecidos mais grossos e menos colados ao corpo. Ainda assim, Bolsonaro tem demonstrado desconforto em alguns momentos ao se deslocar e ter contato com o público. Ao sentar-se no carro ou deixar o veículo, ele faz cara de dor em alguns momentos.
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No domingo (7), quando saiu de casa pela primeira vez para votar, no Rio de Janeiro, se queixou de dor ao ser esbarrado por pessoas que estavam no local. Aliados contam que um esbarrão na bolsa provocou dor.
Também são frequentes as vezes que amigos e políticos chegam em sua casa e, mesmo com horário marcado para visita, são informados pelos porteiros de que precisam aguardar o fim do repouso de Bolsonaro.
Bolsonaro passará por reavaliação médica nesta quinta
O candidato passará por nova avaliação médica nesta quinta-feira (18), quando a equipe do Albert Einstein vai ao Rio para realização de exames. A expectativa é de que, mesmo com a bolsa, ele seja liberado para atividades regulares de campanha.
Inicialmente, o plano era de que ele mesmo fosse a São Paulo passar pela reavaliação. Contudo, a necessidade de escolta da Polícia Federal e o estado frágil de saúde do candidato mudaram os planos.
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Ele deve fazer exames de imagem com uso de aparelhos portáteis que serão trazidos pelos médicos. Uma nova avaliação de seu peso e do ganho de massa magra também deve ser feita.
Segundo os profissionais de saúde, Bolsonaro precisa recuperar a estrutura muscular. Desde que sofreu o atentado, perdeu 15 kg e está anêmico.
Há uma terceira cirurgia programada para o presidenciável para a retirada da bolsa de colostomia. Segundo os médicos, isso só poderá ser feito a partir de 12 de dezembro, quando são completados três meses desde a última operação à qual foi submetido. Provavelmente, o procedimento acontecerá em janeiro para não atrapalhar uma eventual posse.
Relembre
Bolsonaro foi esfaqueado no dia 6 de setembro durante ato de campanha em Juiz de Fora, Zona da Mata de Minas Gerais. O presidenciável foi atingido na barriga por Adélio Bispo de Oliveira quando era carregado nos ombros de apoiadores.
Ele foi levado à Santa Casa de Juiz de Fora, onde foi submetido a uma cirurgia de emergência devido a uma perfuração no abdômen. No dia seguinte, o candidato foi transferido ao hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde permaneceu internado por 23 dias.
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Uma semana depois, após obstrução no intestino, ele foi operado novamente. Desde que recebeu alta, Bolsonaro teve sua segurança reforçada e não tem mantido atividades públicas de campanha, inclusive não comparecendo a debates por orientações médicas.
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