O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, usou sua conta no Twitter nesta terça-feira (16) para mais uma promessa caso seja eleito. Em dois idiomas – português e italiano –, ele disse que extraditará o refugiado italiano Cesare Battisti.
“Como já foi falado reafirmo aqui meu compromisso de extraditar o terrorista Cesare Battisti, amado pela esquerda brasileira, imediatamente em caso de vitória nas eleições. Mostraremos ao mundo nosso total repúdio e empenho no combate ao terrorismo. O Brasil merece respeito!”, afirmou o candidato.
Riaffermo qui il mio impegno di estradare il terrorista Cesare Battisti, amato dalla sinistra brasiliana, immediatamente in caso di vittoria alle elezioni. Mostreremo al mondo il nostro totale ripudio e impegno nella lotta al terrorismo. Il Brasile merita rispetto! pic.twitter.com/2mZj8ARpWi
— Jair Bolsonaro 1ï¸â£7ï¸â£ (@jairbolsonaro) 16 de outubro de 2018
Cesare Battisti está condenado, pela Justiça italiana, à prisão perpétua por assassinatos cometidos nos anos 70, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo. Ele fugiu para o Brasil em 2004, foi preso em 2007 e em 2009 recebeu refúgio político, concedido pelo então ministro da Justiça, Tarso Genro. Em seu último dia de mandato, em 31 de dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu negar o pedido de extradição feito pela Itália.
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Em 8 de junho de 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 6 votos a 3, manter a decisão de Lula e determinar a soltura de Battisti. Foi uma decisão controversa: a Corte entendeu que o refúgio concedido por Tarso Genro, foi ilegal porque, no entendimento dos magistrados, o terrorista não sofrera perseguição política no julgamento na Itália; mas ao mesmo tempo os ministros declararam que a decisão final sobre a extradição cabia, de qualquer forma, ao presidente da República.
O STF chegou a incluir em sua pauta, um ano atrás, uma ação que definirá se Battisti pode ou não ser extraditado. Mas o julgamento foi adiado e, desde março de 2018, a questão aguarda o voto do relator do caso, ministro Luiz Fux.
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