• Carregando...
Jair Bolsonaro quer reunir aliados e candidatos  do PSL eleitos para gravar mensagens de apoio e exibi-las no horário eleitoral. | Fernando Souza/ AFP
Jair Bolsonaro quer reunir aliados e candidatos do PSL eleitos para gravar mensagens de apoio e exibi-las no horário eleitoral.| Foto: Fernando Souza/ AFP

A surpreendente votação própria e de seus aliados nos estados – tanto para o Congresso Nacional como nas disputas estaduais – estimulou a campanha de Jair Bolsonaro (PSL) a manter um discurso duro neste segundo turno. A fórmula deu certo. A ordem é centrar fogo no PT, lembrar dos escândalos nos quais o partido se meteu e fixar que o opositor Fernando Haddad é um "pau mandado" de Lula, que “governa da cadeia”.

Para a propaganda de rádio e TV, que reinicia na próxima sexta-feira (12), a equipe de Bolsonaro já prepara material e tem empresa de comunicação contratada. O candidato quer reunir ainda esta semana não apenas os 52 deputados eleitos pelo PSL, como aliados de outras legendas, e gravar uma mensagem, exibindo cada um, com atenção especial para os "campeões de votos" nos respectivos estados.

Agora, os tempos dos dois candidatos no horário eleitoral são iguais. Serão dois programas diários na TV, de cinco minutos cada, mesmo tempo do adversário Haddad. Governadores eleitos no primeiro turno que o apoiam, caso de Ratinho Jr (PSD), no Paraná, deverão gravar mensagens no seu programa. 

LEIA TAMBÉM: O que a nova Câmara diz sobre a governabilidade do próximo presidente

O candidato do PSL quer circular neste segundo turno e sair de casa, se os médicos assim permitirem. Deve priorizar o Nordeste, onde perdeu para o petista no primeiro turno. No Sudeste, estará no palanque do finalista ao governo estadual do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC). Na região, ele tem o apoio de Romeu Zema (Novo), em Minas Gerais, e João Doria (PSDB), em São Paulo, que também disputarão o segundo turno. Nesses dois casos, ele avalia se dará apoio, em especial a Doria, por ser um tucano. 

O capitão do PSL irá aos debates. Ele já tomou essa decisão. O discurso contra a urna eletrônica vai continuar. Bolsonaro atribui a uma fraude não ter obtido a vitória no primeiro turno, mas não questiona o sistema eleitoral no caso dos correligionários eleitos.

Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgados ontem mostram que foi baixíssimo o número de urnas com problemas, e que foram trocadas. Em 2014, 5.275 urnas (1,15%) foram trocadas. Este ano, foi bem menos, e chegou a 2.400 trocas (0,46%). 

LEIA TAMBÉM: No Jornal Nacional, Bolsonaro e Haddad prometem respeitar resultado das urnas

Nas redes sociais, os ataques já começaram. Na tarde desta segunda-feira (8), Bolsonaro publicou ataques a Haddad, e o chamou de "canalha". 

"O pau mandado de corrupto me propôs assinar ‘carta de compromisso contra mentiras na internet’. O mesmo que está inventando que vou aumentar imposto de renda pra pobre. É um canalha! Desde o início propomos isenção a quem ganha até R$ 5.000. O PT quer roubar até essa proposta", escreveu Bolsonaro na sua mensagem.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]