| Foto: /Foto: Reprodução / Twitter

Candidato do PSL à presidência, o deputado federal Jair Bolsonaro recebeu alta da UTI neste domingo (16) e passou para uma unidade de cuidados semi-intensivos. O candidato está hospitalizado desde o dia 6 de setembro, quando foi alvo de uma facada enquanto fazia campanha em Juiz de Fora, em Minas Gerais.

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Na quarta-feira (12), Bolsonaro precisou passar por uma cirurgia de urgência no Hospital Albert Einstein, onde está internado. O candidato foi submetido a um procedimento devido a uma aderência das paredes do intestino delgado. Isso significa que possa ter havido uma resposta do corpo ao processo inflamatório da primeira cirurgia passada por Bolsonaro, provocando uma cicatrização com “fibras duras”(tecidos cicatriciais, no termo médico), criando uma cicatriz que pode obstruir o órgão do sistema digestivo. 

A cirurgia teve o objetivo de “desgrudar” essa obstrução para restabelecer o trânsito intestinal. O caso de urgência não significa que houve risco iminente de vida. Quando ocorre uma cirurgia de emergência, a situação é ainda mais grave.

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No boletim divulgado pelo hospital neste domingo, os médicos que acompanham Bolsonaro afirmam que o candidato “prossegue com boa evolução clínica, sem febre e exames laboratoriais estáveis”. O candidato continua sendo alimentado exclusivamente por sonda. Segundo o boletim, ele continua fazendo fisioterapia respiratória e motora.

Campanha

Apesar da recuperação, a possibilidade de Bolsonaro voltar a fazer campanha nas ruas antes do primeiro turno estão cada vez mais remotas. As chances de sair às ruas em um eventual segundo turno também são incertas. Com postura e posicionamentos normalmente fortes, Bolsonaro hoje se encontra fragilizado pelos dias de internação. Seus aliados discutem, portanto, se essa situação não poderia prejudicar a imagem dele junto a seus eleitores em potencial. Há, ainda, uma preocupação referente à ausência do candidato das ruas e do contato direto com o público. Embora os próprios apoiadores venham se organizando para manter atos a favor do deputado, eles não têm a mesma força que Bolsonaro.

No último Datafolha, divulgado na sexta-feira (14), o capitão da reserva apareceu com 26% das intenções de voto. Em agosto, tinha 22%. A oscilação, que está dentro da margem de erro, já era esperada por especialistas, que anunciaram que a comoção em torno do ataque ao candidato poderia impulsionar sua campanha.

A pesquisa divulgada na sexta mostra, porém, que o impacto dessa comoção foi pequeno. Só 2% dos eleitores afirmam que atentado mudou seu voto. A comoção em torno do caso foi maior, segundo o Datafolha, entre os que já são eleitores do capitão da reserva.

O Datafolha entrevistou 2.820 eleitores de 197 municípios entre quinta-feira (13) e sexta-feira (14). O primeiro turno das eleições está marcado para 7 de outubro.  A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, para o total da amostra. O nível de confiança é de 95%. Levantamento registrado no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR 05596/2018. Os contratantes da pesquisa foram Folha de S.Paulo e TV Globo.

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