O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, admitiu dificuldades para mobilizar militantes em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado na Lava Jato e preso em Curitiba desde o dia 7 de abril. Segundo Okamotto, o alto índice de intenção de votos de Lula nas pesquisas não se traduz em mobilizações populares pela liberdade do ex-presidente.
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Para ele, os defensores do ex-presidente precisam falar para além do público já “convertido”. “O nosso desafio agora é usar toda nossa inteligência, todo nosso conhecimento, para ver como é que a gente consegue, nesse momento político, convencer mais gente que não está aqui”, disse Okamotto, em evento que reuniu petistas e aliados na capital paulista na noite desta segunda-feira, 14. “Só vamos conseguir mudar de verdade esse País, fazer com que o presidente Lula seja livre, se a gente conseguir mobilizar milhões e milhões de brasileiros”, completou.
Okamotto reconheceu que ainda não sabe qual estratégia precisa ser adotada para atrair uma mobilização maior em defesa do petista. “Como fazer isso eu não sei, mas com a ajuda de todos vocês nós vamos conseguir encontrar um caminho e certamente teremos Lula livre, se Deus quiser, ajudando o povo brasileiro”, declarou.
Em conversa com jornalistas após o discurso, o presidente do Instituto Lula reforçou que é preciso organizar eventos, passeatas e comícios. “Acho que precisamos transformar a expectativa que as pessoas têm em uma vitória do Lula numa atitude já.”
Outros palestrantes no evento falaram na mesma linha. O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que coordena o programa de governo do ex-presidente, citou que há um “momento de desmobilização” da militância, mas que isso é passageiro e que não há chance de outro projeto sair vencedor nas eleições.
O jornalista Gilberto Maringoni, por sua vez, afirmou que as intenções de voto de Lula não estão se transformando em mobilização a favor do petista.
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