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| Foto: NELSON ALMEIDA/AFP

O candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) criticou nesta terça-feira (21) a Intervenção Federal no estado do Rio de Janeiro. Ele comentou a morte de dois soldados do Exército em confronto com traficantes:

“Confronto armado é conversa de demagogo que não tem capacidade de governar um país complexo como o Brasil”, disparou Ciro em entrevista à TV Record. “A irresponsabilidade política, a demagogia, pensa que vai iludir a população com aparatos. E aí joga o exército com um bocado de jovens recrutas que não são treinados para confrontar a comunidade onde está o narcotraficante”, completou.

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O presidenciável disse que os problemas de segurança pública no Rio de Janeiro devem ser tratados com sistemas de inteligência e investimento em tecnologia. Ele comentou que pretende mapear o narcotrafico para melhorar os resultados das investigações e chamou a responsabilidade desse mapeamento. Falou ainda que falta integração entre as forças de segurança.

A crítica à política de confronto contra o crime soou como um ataque velado ao adversário Jair Bolsonaro (PSL). Hoje, o militar reformado foi ao enterro de um dos soldados mortos e prometeu resolver o problema da violência quando for eleito - O candidato defende o porte de arma e ações ostensivas das polícias.

Críticas ao judiciário

Não faltaram críticas também ao judiciário. Ao ser indagado por sua posição contrária à Lei da Ficha Limpa, se limitou a falar da “bagunça”, que , segundo ele, está submetido o judiciário. “Chegamos ao cúmulo de um juiz soltar o Lula e outro prender, e depois um soltar e outro prender novamente. O sistema parece esquizofrênico”.

Na mesma linha mostrou indignação pela midiatização dos processos judiciais. “Foi a primeira vez que vi um julgamento ser transmitido ao vivo”, disse, se referindo ao julgamento de segunda estância do ex-presidente Lula. Ele defendeu ainda que os atos dos juízes não devem ser pautados pela opinião pública.

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Sobrou até para o Ministério Público do Paraná. “Outro dia estava falando com o ex-prefeito de Curitiba Gustavo Fruet, que está muito chateado por que o MP moveu uma ação pedindo que ele colocasse banheiro nos pontos de ônibus. Isso não é papel deles”. Defendeu o candidato.

(Des)confiança do mercado

O presidenciável ficou incomodado com a colocação de que o mercado não apoia sua eleição e que suas declarações não colaboram para que este fato mude. Mas com sua já observada postura de ‘Ciro Soft’ respondeu: “Como diz a Bíblia: Um homem não deve servir a dois senhores. E meu senhor é o povo”.

Ele defendeu que a política econômica atual fechou mais de 13 mil indústrias e que ele sabe a importância de restaurar esses empreendimentos. Disparou também contra as instituições financeiras. “O país está em uma grande crise e os únicos que têm lucros são os bancos. Tem alguma coisa errada.”

Ciro falou ainda sobre suas faltas a 44 sessões da Câmara e inexistência de projetos aprovados em seu último mandato. “Devolvi os 44 dias de salário. É o mínimo. Tive o azar de pegar uma Câmara com Michel Temer e Eduardo Cunha. Impossível trabalhar”, justificou.

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