| Foto: Miguel Schincariol/AFP

O pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) prometeu nesta segunda-feira (18) que, com ele no governo, o litro da gasolina custaria entre R$ 2,80 e R$ 3,00. Ele também afirmou que o Brasil precisa de um novo projeto industrial envolvendo o setor estatal e o privado para se desenvolver.

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“Na prática o litro de gasolina custaria entre R$ 2,80 e R$ 3 comigo”, afirmou Ciro durante o Fórum Unica (União da Indústria de Cana de Açúcar), em São Paulo. Ele disse que não se pode fazer repasse em caso de aumento de preço no mercado internacional porque a Petrobras tem o objetivo de proteger o país dos ciclos de especulação do preço do petróleo, que “são eternos”. Ele afirmou que é preciso substituir o preço especulativo do estrangeiro por um nacional e razoável.

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Quando questionado se essa proposta é parecida com a política do governo Dilma Rousseff, Ciro disse que são coisas diferentes, como água e vinho. “No Brasil você sai de um extremo de congelamento de preços sem qualquer consulta estratégica para uma especulação que prejudica uma nação inteira e beneficia meia dúzia de acionistas”, afirmou.

Candidato critica o tabelamento do preço do frete

Ciro também criticou o tabelamento do preço dos fretes, medida tomada pelo governo federal como uma das exigências para o fim da greve do caminhoneiro. Ele disse que isso é uma excrescência que “nunca se conseguiu praticar em nenhum lugar do mundo”.

O pré-candidato lembrou que foi ministro da Fazenda e afirmou que o real conseguiu fazer mudanças nas indexações de preço apenas com a lei da oferta e procura. 

Reindustrialização do país é prioridade

Segundo Ciro, uma de suas prioridades é reindustrializar o país. As decisões erradas, segundo ele, atualmente são tomadas para manter os interesses de uma “minoria agressivamente e organizada”.

“[A reindustrialização] não ocorrerá se ficarmos no mito de que o setor privado vai reverter tendências sem uma parceria estratégia com o Estado”, disse.

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Negociações com o DEM; e Venezuela

Em relação a conversas com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e uma possível aliança com o DEM, Ciro afirmou que há muita especulação e intriga. “Nenhum partido no Brasil vai fazer mais do que 10% na Câmara, portanto é imperativo que qualquer um de nós se quiser ser sério abra o diálogo e converse com forças diferentes daquela que você representa”, disse.

O pré-cadidato também criticou a atual política externa brasileira e disse que o país precisa mediar a crise na Venezuela, mas sem tomar parte do conflito. Segundo ele, na melhor fase, a balança comercial bilateral entre os dois países deixava um saldo positivo de US$ 5 bilhões ao Brasil, mas hoje, o governo abre mão disso.

“O Brasil está omisso, quando não tomando a posição errada, nessa iminência de guerra civil na Venezuela”, disse.

Ciro diz torcer pela liberdade de Lula

Ciro também disse torcer para que Lula seja posto em liberdade o quanto antes, mas afirmou que “da cabeça de juiz, ninguém tem a menor ideia do que vem”.