Após a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em segunda instância na Lava Jato e a insistência do PT de que Lula será candidato, o cenário da disputa presidencial em 2018 se tornou uma profusão de especulações.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso avaliou as possibilidades e disse que “não vê espaço para ‘outsiders’”. No entanto, afirmou que não considera o apresentador de TV Luciano Huck definitivamente fora da disputa, mesmo que tenha ressalvas em relação a ele. “Gosto do Luciano, sou amigo da família, mas ele é muito cru para ser presidente da República”, disse o ex-presidente ao Valor.
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As declarações de FHC foram atacadas no evento de pré-lançamento da candidatura de Lula, que aconteceu nesta quinta-feira (25), em São Paulo. A ex-presidente Dilma Rousseff disse não considerar Huck alguém apto a ocupar o cargo que foi dela entre 2011 e 2016. “O líder do partido da modernização conservadora, que é hoje o PSDB, Fernando Henrique Cardoso, voltou a falar sobre a candidatura do Luciano Huck. Até acho que ele [Huck] é simpático, mas considero que ele não tem estatura para ser presidente deste país”, criticou.
Depois, Dilma endureceu os ataques a quem avalia que o apresentador é uma alternativa para o pleito de 2018. “É subestimar a inteligência do nosso povo acreditar na política de auditório”, afirmou.
Mesmo ao considerar a possibilidade de Huck ser candidato, FHC disse, na entrevista ao Valor, que o caminho para que o apresentador dispute a eleição passa pela negociação com outros partidos. Para o ex-presidente, o espaço fica mais livre para Huck no caso da candidatura do atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), não vingar. Em novembro do ano passado, contudo, o apresentador publicou artigo no jornal Folha de São Paulo em que afirma que não será candidato.
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