Depois do primeiro turno das eleições de 2018, 13 estados e o Distrito Federal seguem sem definir seus novos governadores. A disputa local, nesses casos, segue embalando a disputa pela Presidência da República, seja pelos apoios definidos, seja pela rejeição a um dos candidatos ao Planalto.
Entre os 28 candidatos que seguem tentando chegar aos governos estaduais e distrital, 15 declararam apoio ao presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, enquanto apenas três se posicionaram pelo petista Fernando Haddad. No “centrão”, por sua vez, estão 10 aspirantes a governador.
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Como o PT é o partido de Fernando Haddad, é natural que seus candidatos nos estados declarem apoio a ele. Foi exatamente o que aconteceu com a única petista que segue na disputa por governos estaduais. Fatima Bezerra é a candidata do PT no Rio Grande do Norte e apoia Haddad para a Presidência. Além dela, que está no segundo turno, o partido elegeu outros três governadores. São eles Camilo (CE), Rui Costa (BA) e Wellington Dias (PI).
Ainda falando dos partidos dos presidenciáveis que seguem na disputa, o PSL tem postulantes em três estados. Os três - Coronel Marcos Rocha (PSL-RO), Antonio Denarium (PSL-RR) e Comandante Moisés (PSL-SC) - já declararam apoio a Bolsonaro. No primeiro turno o PSL não elegeu governadores em nenhum estado do país.
São Paulo
No confronto entre João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB), uma “leve confusão”. O PSDB se declarou neutro, mas Doria declarou voto em Bolsonaro. Já o PSB apoia Haddad abertamente, enquanto França não manifestou apoio formal, com a afirmação de que tem evitado entrar na “polarização nacional”. O fato é nesta quarta-feira (18) o vice de Bolsonaro, General Mourão (PRTB) contrariou o presidenciável (que pediu neutralidade) e fez até gravou vídeos de apoio ao tucano. Deputada federal com maior número de votos, Joice Hasselmann até convidou Doria para trocar o PSDB pelo PSL.
Rio de Janeiro
No segundo turno entre Wilson Witzel (PSC) e Eduardo Paes (DEM) “só da Bolsonaro”. Em debates, eles disputam quem tem mais proximidade com o presidenciável. Antigo partido do presidenciável do PSL, o PSC definiu apoio nacional a seu ex-integrante. O DEM liberou parlamentares, mas o próprio presidente do partido, ACM Neto, admite que o partido tem maioria pró-Bolsonaro. Paes se diz independente (leia-se neutro), mas admitiu em debate promovido pelo O Globo nesta quarta (17): “Tenho identidade maior com a agenda de Bolsonaro”.
Minas Gerais
O único candidato do Novo que está no segundo turno é Romeu Zema, em Minas Gerais. O candidato era um “azarão” nas pesquisas do primeiro turno e decolou após declarar que apoiaria Bolsonaro no segundo turno da corrida presidencial - ainda que o Novo declare-se neutro. Ele disputa com Antonio Anastasia (PSDB) . Embora seu vice tenha aparecido em vídeos apoiando Bolsonaro, Antonio Anastasia (PSDB-MG) seguiu o partido e permanece neutro em relação a apoiar algum candidato a presidente no segundo turno.
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Rio Grande do Sul
Na disputa entre Eduardo Leite (PSDB) e Ivo Sartori (MDB), ambos declaram apoio a Bolsonaro. Inclisive, Sartori foi o único do MDB a se posicionar.
Santa Catarina
Com um partidário do PSL na disputa, Comandante Moisés , obviamente o candidato tenta colar a imagem ao presidenciável. O adversário Gelson Merísio (PSD) também faz parte de um partido que nacionalmente decidiu apoiar Bolsonaro. Merísio não contrariou e seguiu a legenda.Faz sentido: Santa Catarina é o estado onde Jair Bolsonaro conquistou mais votos proporcionalmente (65,82%), seguido por Fernando Haddad (15,13%) e Ciro Gomes (6,68%).
Distrito Federal
Ninguém apoia ninguém. Ibaneis Rocha (MDB) seguiu a orientação do partido e não definiu apoio a nenhum dos antigos concorrentes de Henrique Meirelles ao Planalto. Rodrigo Rollember (PSB) seguiu a linha do colega paulista Márcio França: diz permanecer neutro.
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Mato Grosso do Sul
Reinaldo Azambuja (PSDB-MS) seguiu a linha do colega gaúcho do partido: ambos declararam apoio a Bolsonaro.Juiz Odilon (PDT) desafia o próprio partido, que declarou “apoio crítico” a Haddad. O candidato afirmou ser pró-Bolsonaro.
Rio Grande do Norte
Um estado onde mora a polêmica. Fatima Bezerra é candidata pelo PT. Carlos Eduardo (PDT) é de um partido que declarou “apoio crítico” a Haddad. Apesar disso, PSL e Eduardo vêm “se cortejando” e como resultado o candidato vem sofrendo até ameaças de expulsão do partido. Corre o risco de ser impugnado sem tomar posse.
Sergipe
Valadares Filho (PSB) não declarou apoio algum aos presidenciáveis. Belivaldo Chagas (PSD) foi na direção oposta e declarou apoio a Fernando Haddad, contrariando orientação do próprio partido.
Amapá
João Capiberibe (PSB) e Waldez Góes (PDT) fazem o segundo turno. Os dois partidos apoiam Haddad. Waldez Góes permanece indefinido. Capi é o único a seguir a recomendação do PSB e efetivamente apoiar Haddad, já que Márcio França (PSB-SP), Valadares Filho (PSB-SE) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) não declaram apoio a nenhum dos postulantes à Presidência.
Amazonas
Assim como outros pedetistas contrariaram a decisão nacional do partido e declararam apoio a Bolsonaro, Amazonino Mendes também declarou voto em Bolsonaro. Pelo PSC, Wilson Lima segue o partido e apoia o candidato do PSL.
Pará
Outro que preferiu não apoiar nem Haddad, nem Bolsonaro, foi Helder Barbalho, candidato ao governo do Pará pelo MDB. Marcio Miranda (DEM) seguiu o mesmo caminho e não declara apoio federal.
Rondônia
Coronel Marcos Rocha (PSL) é partidário de Bolsonaro. Seu adversário Expedito Jr. (PSDB-RO) fez o mesmo que outros três tucanos João Dória (PSDB-SP), Reinaldo Azambuja (PSDB-MS) e Eduardo Leite (PSDB-RS) - declararam apoio a Bolsonaro.
Roraima
Antônio Denarium (PSL) e Anchieta (PSDB) disputam o governo de Roraima no segundo turno. Enquanto o primeiro é do partido de Bolsonaro, Anchieta decidiu-se pela neutralidade.
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