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O senador Romero Jucá (MDB_RR), famoso pela frase “temos que estancar a sangria da Lava Jato”, não conseguiu se reeleger | Jefferson Rudy/Agência Senado
O senador Romero Jucá (MDB_RR), famoso pela frase “temos que estancar a sangria da Lava Jato”, não conseguiu se reeleger| Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Mais da metade dos deputados e senadores envolvidos na Operação Lava Jato não conseguiram se reeleger nas eleições do último domingo (7). Já 43% dos envolvidos no escândalo tiveram uma segunda chance do eleitor nas urnas, segundo levantamento da Gazeta do Povo.

Na Câmara, dos 35 deputados com o nome citado na Lava Jato, apenas 16 se reelegeram. O número é menor no Senado – de 18 senadores alvos da investigação, apenas cinco conseguiram renovar o mandato. Outros dois disputaram a eleição para a Câmara e venceram.

Na Câmara, dos 19 deputados que não tiveram o mandato renovado, apenas três disputaram outra eleição. Alfredo Nascimento (PR-AM) tentou uma vaga no Senado, mas não foi eleito. Luiz Fernando Faria (PP-MG) buscou entrar na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, mas só conseguiu uma suplência. Já Rodrigo Garcia (DEM-SP) optou por ser vice-governador na chapa de João Doria na disputa pelo governo de São Paulo. Os dois disputam o segundo turno contra Márcio França (PSB).

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Outros dois deputados decidiram não disputar um novo cargo: Andres Sanchez (PT-SP) e Felipe Maia (DEM-RN).

Entre os deputados que disputaram a reeleição, mas não foram eleitos está Lúcio Vieira Lima (MDB-BA). Ele é irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, dono do “bunker” encontrado pela Polícia Federal com mais de R$ 50 milhões em dinheiro vivo espalhado em malas, em Salvador.

Renovação foi maior no Senado

Dos 13 senadores que não foram reeleitos, três tentaram uma vaga na Câmara: José Agripino Maia (DEM-RN), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Aécio Neves (PSDB-MG). Os dois últimos foram eleitos para deputado federal.

Só dois senadores citados na Lava Jato não disputaram nenhuma vaga: Fernando Collor (PTB-AL), que chegou a entrar na disputa pelo governo de Alagoas, mas desistiu; e Ivo Cassol (PP-RO).

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Entre os senadores “punidos” pelo eleitor estão importantes caciques políticos, como Edison Lobão (MDB-MA), o presidente da Casa, Eunício Oliveira (MDB-CE), Garibaldi Filho (MDB-RN), Jorge Viana (PT-AC), Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Romero Jucá (MDB-RR), Valdir Raupp (MDB-RO) e Vicentinho (MDB-TO).

Os reeleitos foram Ciro Nogueira (PP-PI), Eduardo Braga (MDB-AM), Humberto Costa (PT-PE), Jader Barbalho (MDB-PA) e Renan Calheiros (MDB-AL).

Força-tarefa comemora

O coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF) usou as redes sociais para comemorar a renovação no Congresso Nacional. “Houve avanços significativos contra a corrupção: pelo menos uma dezena de envolvidos graúdos na Lava Jato perderam o foro privilegiado”, disse Dallagnol.

(Colaborou Erick Mota, especial para a Gazeta do Povo)

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