O coronel da reserva Carlos Alves, que ameaçou a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber, será monitorado por tornozeleira eletrônica e está impedido de ir a Brasília, segundo informações da Polícia Federal. Ele terá de manter distância mínima de 5 km de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. Alves também foi proibido de andar armado e de possuir arma em casa.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Carlos Alves chama a ministra de “salafrária, corrupta e incompetente” por ela ter se reunido com representantes de partidos políticos que solicitaram uma investigação sobre reportagem da Folha de S.Paulo.
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A reportagem revelou que empresas que apoiam o candidato Jair Bolsonaro (PSL) pagaram pelo impulsionamento de mensagens anti-PT no aplicativo de mensagens Whatsapp durante as eleições. Na gravação, o coronel da reserva fala, se dirigindo à ministra Rosa Weber, que ela “não se atreva” a dar seguimento à ação da campanha do PT contra Bolsonaro.
Em nota, a Polícia Federal disse que cumpriu nesta tarde de sexta (26) um mandado de busca e apreensão. Computadores e aparelhos celulares foram recolhidos na residência do coronel, no Rio de Janeiro.
Ainda de acordo com a PF, o coronel poderá responder pelos crimes de difamação, injúria, constrangimento ilegal, ameaça, além de crimes previstos na Lei de Segurança Nacional.
Delegados da PF envolvidos nesse tipo de investigação têm alertado que não há anonimato na internet. A corporação tem ferramentas para descobrir quem faz ameaças, mesmo que não se identifiquem.
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