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Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), autora do requerimento, e Lindbergh Farias (PT-RJ). | Geraldo Magela/Agência Senado
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), autora do requerimento, e Lindbergh Farias (PT-RJ).| Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Após a Justiça do Paraná negar pedido para que o ex-presidente Lula recebesse visitas de autoridades na terça (10), a Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou nesta quarta (11) a realização de uma diligência na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde o petista está preso.

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Pelo menos dez senadores de PT, PC do B, PDT e PTB farão a inspeção no prédio na próxima terça-feira (17). A autora do requerimento é a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM). Durante a sessão, ela explicou que apresentou o pedido depois que autoridades tiveram a visita negada.

Na terça, a Justiça do Paraná rejeitou pedido feito pelo senador Roberto Requião (MDB-PR) para que ele, nove governadores e outros dois senadores fossem ao encontro de Lula na prisão. A decisão justificava que as regras de visitação não seriam flexibilizadas. As visitas no estabelecimento são às quartas.

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Aos colegas da comissão Gazziotin argumentou que o despacho não tem amparo legal. “Comprova que, infelizmente, essa é uma prisão muito mais política do que jurídica”, afirmou.

O requerimento que pede a diligência foi anunciado, discutido e aprovado pela comissão em três minutos. Antes que a palavra fosse cedida aos membros do colegiado, senadores da oposição, que eram maioria no encontro, pediram que o requerimento fosse votado logo e que depois fosse aberto espaço para os discursos.

O requerimento, aprovado em votação simbólica, autoriza a realização de diligência à superintendência da PF em Curitiba, com a finalidade de verificar as condições de encarceramento do ex-presidente Lula e dos demais presos naquele edifício.

Delegados pediram transferência de Lula

O Sindicato dos Delegados da PF do Paraná pediu nesta quarta que o superintendente da corporação no estado, Maurício Valeixo, transfira Lula da carceragem de Curitiba.

Nos arredores do edifício a polícia montou bloqueios para evitar manifestações contra ou a favor ao ex-presidente. Só podem entrar funcionários, jornalistas, policiais e pessoas que tenham algum procedimento marcado com a PF.

Em frente, militantes montaram um acampamento em apoio a Lula. No pedido, o sindicato afirma que “a medida mais acertada seria a transferência imediata do ex-presidente para uma unidade das Forças Armadas, que possua efetivo e estrutura à altura dos riscos envolvidos”.

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“Há comprovados riscos à população que reside no entorno do prédio da PF, aos policiais federais e demais integrantes do sistema de segurança pública que moram nas imediações da sede da Polícia Federal”, diz a nota da categoria.

Segundo o informativo, “alguns invasores” que “já se instalaram com barracas e determinada estrutura” estão “promovendo ações no sentido de intimidar estas pessoas”.

A defesa do ex-presidente estuda pedir a transferência, como revelou a Folha de S.Paulo.

O presidente do sindicato, delegado Algacir Mikalovski, afirma que pediu a transferência após um filiado à entidade relatar que tem sido ameaçado por militantes.

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Ele diz que irá à Justiça caso o superintendente não peça a transferência.

A PF não se pronunciou sobre a proposta. Logo após o pedido do sindicato de delegados, entidade que representa agentes da PF se manifestou contra a transferência de Lula. O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais Luís Antônio Boudens, afirma que o pedido é um “movimento apressado e sem respaldo dos policiais federais”.

“Cada deslocamento gera custos para os cofres públicos e uma enorme demanda de pessoal, além de aumentar a possibilidade de confrontos e situações de embate entre grupos de apoiadores e de contrários ao ex-presidente”, diz o comunicado.

Em nota, a coordenação do acampamento afirma que ele é pacífico, instalado em área pública e cumpre acordos coletivos de silêncio das 22h às 7h.

O acampamento diz que tem uma equipe de limpeza que recolhe o lixo pelas manhãs e, em carta aos moradores, pediu desculpas pelos transtornos.

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