No terceiro embate televisivo entre os candidatos ao governo de São Paulo, João Doria (PSDB) buscou desgastar seu principal adversário na corrida estadual, Paulo Skaf (MDB), ao associá-lo ao presidente Michel Temer (MDB). Os postulantes ao Bandeirantes participaram de debate organizado por TV Gazeta, O Estado de S. Paulo e rádio Jovem Pan no domingo (16).
Doria e Skaf aparecem empatados liderando as pesquisas de intenção de voto. Segundo Datafolha divulgado em 6 de setembro, o emedebista registrou 23%, empatado tecnicamente com o tucano, que manteve seus 23%. Na última semana, a campanha do PSDB passou a veicular uma peça nas suas entradas no rádio e na TV em que diz que Skaf esconde que é do mesmo partido que o presidente Michel Temer (MDB), que tem alta rejeição.
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No rádio, uma inserção reproduz uma gravação em que Temer defende nominalmente a candidatura de Skaf. “Não sei por que você tenta esconder que seu padrinho é Michel Temer. Ele é o presidente de honra do MDB, seu partido”, disse Doria, que afirmou não ter vergonha do presidenciável do PSDB, o ex-governador Geraldo Alckmin. “Tenho feito campanha junto com Alckmin. Não há motivação para esconder Alckmin É o meu candidato”, afirmou.
Ambos debatiam sobre apadrinhamento político. Skaf repetiu o que vem respondendo quando é confrontado sobre os fiadores de sua candidatura. O presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) disse que entrou na política sem padrinhos e que o eleitor tem de se concentrar nele, não em correligionários. “Se for vontade de Deus e do eleitor, eu serei o governador”, afirmou o emedebista.
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Ao longo do debate, Luiz Marinho (PT) e Marcelo Cândido (PDT), ex-petista, fizeram dobradinha. Um escolhe o outro como interlocutor e, afinados, classificam o impeachment como golpe e criticam a reforma trabalhista e o teto de gastos.
Em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, o atual governador, Márcio França (PSB), que busca a reeleição, partiu para o embate mais direto com Doria.
Em duas oportunidades, escolheu o tucano para fazer réplica a suas perguntas, impelindo-o a responder com dados numéricos sobre a administração estadual.
Na primeira ocasião, questionou o ex-prefeito da capital sobre os precatórios (passivo judicial) de São Paulo --Doria não sabia a resposta. Depois, perguntou qual era o número de servidores do estado.
“Fazer pegadinha no debate é feio, Márcio França”, disse Doria. “Não sei por que você fica nervoso quando as pessoas te contrariam. Só você pode mandar”, respondeu França.
Metodologia
Pesquisa realizada pelo Datafolha de 4/set a 6/set/2018 com 2.030 entrevistados (São Paulo). Contratada por: GLOBO E FOLHA DE SÃO PAULO. Registro no TSE: SP-07990/2018. Margem de erro: 2 pontos percentuais. Confiança: 95%.
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