Paulo Rabello de Castro, presidente do BNDES: "antigo PFL" e o senador Antônio Carlos Magalhães [1927-2007] como referências na politica| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Recém-filiado ao PSC, o presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), Paulo Rabello de Castro, afirmou neste sábado (18) que vai trabalhar para "higienizar" a política. 

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A declaração foi dada em encontro do PSC em Salvador no qual foi apresentado a uma militância de 2.000 pessoas como pré-candidato à Presidência da República. 

"Vamos desintoxicar a política brasileira, passar por um processo de limpeza, de higienização, de compromisso efetivo", afirmou Rabello, defendendo que as mudanças aconteçam dentro da política. "Temos que caminhar com os políticos, mas com compromisso renovado", disse. 

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O presidente do BNDES filiou-se ao PSC no início deste mês após convite do presidente nacional do partido, Pastor Everaldo. Antes, foi um dos fundadores do Partido Novo. 

A chegada de Rabello coincide com o processo de saída do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) —também pré-candidato à Presidência— que anunciou filiação ao PEN, partido nanico que deve trocar o nome para Patriotas. 

A mudança fez o PSC reforçar um discurso voltado ao liberalismo econômico. Nos últimos programas partidários na televisão, deputados e dirigentes adotaram o slogan "mais Brasil e menos Brasília", em defesa redução da burocracia estatal. 

Ligado a igrejas evangélicas como a Assembleia de Deus, o PSC é conhecido por defender bandeiras ligadas ao campo da moral e dos costumes, como a defesa da família tradicional e a militância contra a descriminalização do aborto. 

Início de jornada 

Em discurso à militância do PSC em Salvador, Rabello evitou falar sobre a disputa presidencial, mas disse ser "candidato a fazer o Brasil ficar melhor" e classificou o evento partidário como o "início de uma jornada rumo a transformação do país". 

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Criticou o excesso de burocracia do governo e defendeu regras claras no campo econômico. "A burocracia tira a segurança do empresário na hora de investir. Precisamos de regras claras e simplificação dos negócios", disse. 

Também afirmou que o Brasil era o "país das elites endinheiradas" e defendeu "inclusão" e a "igualdade de oportunidades". 

Rabello justificou a mudança de partido afirmando que queria estar alinhado a "princípios sociais e cristãos". E citou o "antigo PFL" e o senador Antônio Carlos Magalhães [1927-2007] como uma de suas referências na politica. 

Em entrevista, Rabello ainda defendeu a operação Lava Jato, que foi classificada como "importante, corajosa e inevitável". E disse que as investigações devem servir como uma "porta de entrada para um outro Brasil". 

Um dos citados na operação é o presidente do PSC, Pastor Everaldo, acusado por delatores da Odebrecht de receber R$ 6 milhões por meio de caixa 2 na campanha de 2014, quando foi candidato à Presidência e terminou a eleição em quinto lugar.

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