Futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), à direita.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Onyx Lorenzoni (DEM-RS), anunciado como futuro ministro da Casa Civil, afirmou que os primeiros nomes da equipe econômica do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), devem ser apresentados a partir de terça-feira (30).

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“Teremos amanhã uma conversa com o [futuro ministro da Economia] Paulo Guedes que já vai nos fornecer os primeiros nomes. Ele vai explicar para o presidente quais as áreas que nós precisamos ter os dados realistas do governo. Temos primeiro que receber todos os números reais do desempenho econômico do governo, todos os compromissos de curtíssimo, médio e longo prazo”, afirmou o deputado federal reeleito nesta segunda-feira (29).

Assim como Lorenzoni, Guedes está entre os três ministros anunciados por Bolsonaro durante a campanha presidencial. Ele assumirá o Ministério da Economia, estrutura que reunirá as pastas da Fazenda e do Planejamento. O presidente eleito avalia ainda se o Ministério de Comércio Exterior também ficará à cargo do economista ou se será independente.

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Prioridades

O futuro chefe da Casa Civil disse que a economia será uma das prioridades do futuro governo.“A área mais sensível e que vai ter a primeira atenção, não poderia ser diferente, é a área econômica.”

Está prevista para esta terça (30) uma reunião entre Bolsonaro, Lorenzoni, Guedes e lideranças do PSL para discutir a formação do governo de transição. O encontro será no Rio e, no dia seguinte, o deputado do DEM participará em Brasília de uma conversa com o governo de Michel Temer.

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Ainda esta semana devem ser nomeados os primeiros indicados para trabalhar na equipe responsável pelo próximo governo. Segundo Onyx, os primeiros técnicos já devem começar a trabalhar a partir de segunda-feira (5).

Ele chamou do processo transitório de ‘trocar a roda com o carro andando’ e disse que sua equipe fará um levantamento sobre as licitações e concessões públicas que está em andamento no Brasil.

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Banco Central independente

Lorenzoni disse que Bolsonaro apoia a ideia de um Banco Central com independência, mas não soube dizer se um projeto sobre o tema que está em tramitação no Senado atende ao desejo do capitão reformado.

Também não há uma definição sobre o ocupante do BC no novo governo.

“Essa questão de como vai ser, como estruturar, se já tem nome... A gente terminou a eleição ontem. Eu sei que vocês têm essa tarefa [de perguntar], e a gente tem de explicar, mas vamos ter de sentar uns 30, 40 dias ai para acertar o apoio”, afirmou.

Sobre a ideia de uma criação de meta para câmbio, como foi sugerido por Bolsonaro em entrevista concedida pouco antes das eleições, Lorenzoni disse que saberia falar do tema apenas ‘conceitualmente’.

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“Conceitualmente, é o seguinte: se nós temos a situação de um país que precisa ter a inflação sob controle, você tem que ter variações para você aceitar que a inflação esteja dentro de uma variação conceitualmente razoável para manter emprego, trabalho e renda. Do outro lado tem que ter juros, exatamente dentro de uma determinada variação, e isso é o que eu, veterinário, entendo conceitualmente. O economista chama Paulo Guedes.”

Ao ser indagado novamente sobre qual seria a ideia de metas para câmbio, Lorenzoni pediu uma ‘trégua’ para a imprensa. Ele disse que os jornais tentaram destruir a candidatura de Bolsonaro nos últimos 12 meses, mas que agora é outra de deixar isso para o passado.

Futuro ministro de Bolsonaro, Onyx diz que governo dará previsibilidade sobre câmbio

O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), descartou a ideia de criação de meta para câmbio. A medida foi defendida pelo Presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) em entrevista concedida às vésperas do segundo turno das eleições.

Lorenzoni disse que saberia falar do tema apenas “conceitualmente”.

“Conceitualmente, é o seguinte: se nós temos a situação de um país que precisa ter a inflação sob controle, você tem que ter variações para você aceitar que a inflação esteja dentro de uma variação conceitualmente razoável para manter emprego, trabalho e renda. Do outro lado tem que ter juros, exatamente dentro de uma determinada variação, e isso é o que eu, veterinário, entendo conceitualmente. O economista chama Paulo Guedes.”

Ao ser indagado sobre o papel do câmbio no crescimento da economia no próximo governo, o deputado disse que o governo de Jair Bolsonaro dará mais previsibilidade e segurança aos empresários,  mas sem explicar o que seria previsibilidade e segurança. Acrescentou ainda que não haverá uma meta sobre isso.

Ao ser indagado novamente sobre qual seria a ideia de metas para câmbio, Lorenzoni pediu uma ‘trégua’ para a imprensa.

Ele disse que os jornais tentaram destruir a candidatura de Bolsonaro nos últimos 12 meses, mas que agora é outra de deixar isso para o passado.

Em entrevista por telefone ao Site Poder 360 nesta sexta-feira (26) Bolsonaro (PSL) defendeu a adoção de uma dupla meta para o Banco Central, que olharia não só para a inflação, como é o procedimento atual, mas também para o câmbio. 

Disse ainda que o Banco Central precisa deixar a posição de mero espectador e passe a atuar com inteligência. Como exemplo, citou a situação de um alimento em falta e seus efeitos sobre a inflação.

“Por exemplo, de uma forma bem leiga: se um produto agrícola corre risco de faltar no mercado por alguma razão e isso pode representar uma alta da inflação. O comando do Banco Central terá de ter inteligência de apontar esse risco, e não apenas ficar sentado e aumentando a taxa de juros se a inflação sobe. Terá de ter iniciativa”, disse Bolsonaro em entrevista ao site.