A Polícia Federal deflagrou nesta quarta (12) operação contra suposto esquema de corrupção envolvendo autoridades em Mato Grosso do Sul. O governador do estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), candidato à reeleição, é alvo de medidas de busca e apreensão. A ação ocorre um dia após a prisão do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), que concorre ao Senado.
A ação se baseia nas delações premiadas da JBS, cujos executivos descreveram o pagamento de propinas em troca de benefícios fiscais. Segundo a investigação, o esquema teria dado um prejuízo de mais de R$ 200 milhões. Do total de créditos tributários auferidos pela empresa, até 30% ficavam com políticos e outros investigados.
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Entre os alvos das medidas desta quarta, há integrantes do Legislativo e do Tribunal de Contas do Estado.
O inquérito foi autorizado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), em Brasília, que deu ordem para a operação, batizada de Vostok. Os policiais federais cumprem 41 mandados de busca e apreensão e 14 de prisão temporária, em Campo Grande e Aquidauana, Dourados, Maracaju, Guia Lopes de Laguna, no MS; e Trairão, no Pará.
Nos inquéritos, foram juntadas cópias das notas fiscais falsas usadas para dissimulação dos pagamentos e os respectivos comprovantes de transferências bancárias. “Apurou-se também que parte da propina acertada teria sido viabilizada antecipadamente na forma de doação eleitoral oficial, ainda durante a campanha para as eleições em 2014; e que alguns pagamentos também teriam ocorridos mediante entregas de valores em espécie, realizadas nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, no ano de 2015”, informou a PF.
Dentre os alvos da operação, segundo o inquérito, estão pecuaristas locais responsáveis pela emissão das notas fiscais “frias”, inclusive, um deputado estadual e um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.
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