| Foto: Jefferson RudyAgência Senado

O candidato Jair Bolsonaro, do PSL, foi alertado pelo governo do risco que corria de ser alvo de um atentado durante campanha. O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, revelou nesta sexta-feira (7) que o presidenciável, sua equipe de segurança e familiares foram comunicados que algo poderia acontecer se ele mantivesse o esquema de campanha de deixar Bolsonaro ser levado pelos braços de seus apoiadores. 

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O ministro afirmou que cinco presidenciáveis, incluído Bolsonaro, pediram proteção à Polícia Federal e que o esquema destinado ao candidato do PSL, vítima de uma facada no abdômen na quinta-feira, era o maior. A análise de risco o apontou como o que merecia maior atenção. Bolsonaro conta com uma equipe de 21 agentes da Polícia Federal a seu dipor, que se revezam. No momento do atentado em Juiz de Fora (MG), doze deles estavam fazendo sua proteção. Além do pessoal da PF, Jungmann afirmou que 50 policiais militares atuavam na sua proteção. 

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O ministro afirmou que as análises de imagens das recepções para Bolsonaro nos aeroportos mostravam que o candidato estava vulnerável a uma situação de risco. "Se fossemos imaginar que sempre a falha é da segurança, não haveria atentado político no mundo. Não dá para dizer isso. O que tínhamos observado, no âmbito da Polícia Federal, e que nos preocupava muito era o fato de o candidato ser recebidos em aeroportos por uma grande multidão. Não é o local adequado. Não era o equipamento adequado para receber uma grande multidão.” 

Explicou Jungmann: “Já tinha se conversado com a coordenação da campanha e a própria família de que ficaria muito difícil fazer a segurança do candidato quando ele se lançava à multidão e era carregado nos braços". 

 

"Já fui candidato e sei como é. Todos fazem seu corpo a corpo. Mas é preciso evitar de se tornar alvo visível e se lançar fora de controle a uma massa que está vivendo aquele momento ao lado de seu ídolo. Existem percursos que precisam ser evitados", completou. 

 

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O ministro disse ainda que haverá uma reunião com as equipes de segurança dos candidatos no sábado (8) para discutir o reforço do esquema, que será de 60%. Hoje, 80 agentes da PF fazem a segurança dos cinco. Além de Bolsonaro, eram atendidos pela PF Alvaro Dias, Ciro Gomes, Marina Silva e Geraldo Alckmin. 

Investigação 

Adélio Bispo não será transferido para num presídio federal e que vai continuar detido em Juiz de Fora. O ministro afirmou ainda que outras duas pessoas podem estar envolvidas e que uma delas foi ouvida em Minas, mas liberado depois por não ter ficado demonstrado seu envolvimento. O terceiro está hospitalizado e se machucou durante a confusão. 

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etchgoyen, disse que, diante do ocorrido com Bolsonaro, a segurança do presidente Michel Temer também será reforçada. "Não é possível que tenhamos lutado tanto por este momento para virar esse tipo de coisa. É inaceitável. Não é o ódio que vai nos fazer crescer", disse Etchgoyen.