Com o objetivo de atrair novos eleitores, o comitê eleitoral de Fernando Haddad (PT) promoveu fortes mudanças na campanha: reduziu a aparição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vermelho, marca petista, do novo material de campanha para segundo turno.
Na nova cartilha de campanha, toda ilustrada como imagens do candidato, a cúpula da campanha mostra números que comprovam a superioridade a Jair Bolsonaro (PSL) em aparições nas redes sociais. E aponta dados a serem exaltados na biografia de Haddad.
Na apresentação de atributos pessoais, diz: “casado há 30 anos,pai, professor, toca violão, tranquilo”. Em outro ponto, batizado de “Haddad é Lula”, o militante é orientado a informar que Haddad é representante do projeto de “Lula que fez e vai fazer o Brasil feliz de novo”.
Bandeira azul e branca
Nas novas peças de campanha, até a bandeira mudou de cor.Agora há dois modelos de bandeira: azul e branca. Também nas fotos oficias e adesivos, o vermelho foi substituído por azul, branco e as cores da bandeira do Brasil.
O vermelho limita-se a um detalhe em que o número 13 aparece em cor amarela. Na foto oficial, Haddad e sua vice, Manuela D’Ávila (PCdoB), usam blazer. Ele, azul. Ela, bordô.Em azul, está a inscrição “Todos pelo Brasil”. Figura central no primeiro turno, Lula não aparece mais.
Currículo
Na nova mensagem de campanha, o legado de Haddad no Ministério da Educação é vendido com mençãos ao “Prouni e Fies sem fiador”. Contudo, a atuação à frente da Prefeitura de São Paulo foi omitida.
Na comparação a Bolsonaro, diz que o plano de governo petista é infinitamente superior. E pede que seja lembrado o apoio de Bolsonaro à reforma trabalhista implementada pelo governo de Michel Temer (MDB).
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O comando da campanha recomenda que os apoiadores de Haddad informem o partido em caso de notícias falsas sobre o candidato e sua vice, Manuela D’Ávila (PCdoB) e informa os canais oficiais do PT e do ex-prefeito na rede.
Visita à CNBB
Com essa “nova roupagem”, o candidato do PT fará uma visita à CNBB (Conferência Nacional de Bispos do Brasil), nesta quinta-feira (11) em Brasília. O objetivo é atrair o apoio de religiosos para sua candidatura.
A avaliação da cúpula petista é que a onda que impulsionou com vigor Jair Bolsonaro (PSL) ao segundo turno estava ancorada também em princípios religiosos —líderes evangélicos importantes, como Edir Macedo, da Igreja Universal, e José Wellington, da Assembleia de Deus, declararam voto no capitão reformado na reta final do primeiro turno.
Por isso, afirmam, é preciso tentar reverter o quadro e colar em Haddad a imagem de um homem de fé, ligado aos valores da família.
A partir desta semana, a equipe de Haddad dividiu dirigentes em grupos setoriais, que investirão nas conversas com católicos e evangélicos. Por isso, a visita do candidato à CNBB é considerada estratégica.
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