A advogada Janaina Paschoal (PSL) anunciou, na manhã deste sábado (4) pelo Twitter, que não aceitou o convite para ser vice-presidente na chapa do deputado Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República. A tendência agora é que o vice seja o “príncipe” Luiz Luiz Philippe de Orléans e Bragança, descendente de Dom Pedro II.
Na sexta-feira (3) à noite, durante sabatina na GloboNews, Bolsonaro havia afirmado que Janaina era sua primeira opção para compor a chapa, mas que ela tinha dificuldades familiares para ocupar a vaga por ter filhos pequenos. Segundo o candidato do PSL, o plano B era o “príncipe”, que também é filiado ao PSL.
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Há ainda uma possibilidade menor de a vaga de vice ficar com o general Hamilton Mourão (PRTB), que ficou conhecido nacionalmente, no ano passado, por ter defendido uma intervenção militar no Brasil. O PRTB tem candidado a presidente, Levy Fidélix. Mas Fidélix estaria disposto a desistir para compor uma aliança com Bolsonaro. Essa coligação daria mais tempo na propaganda de TV – o que não vai acontecer se o vice for o “príncipe”, que é do mesmo partido de Bolsonaro. Sozinho candidato do PSL terá apenas 8 segundos por programa na propaganda eleitoral gratuita. Na sabatina da GloboNews, contudo, Bolsonaro não citou o general Mourão como uma opção.
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O que Janaina disse para recusar ser vice
“Conversei com o deputado Bolsonaro e com o presidente do PSL, Dr. Gustavo Bebiano, e cheguei à conclusão de que, neste momento, não tenho como concorrer à vice-presidência. Por questões familiares, por ora, eu não posso me mudar para Brasília. A minha família não me acompanharia”, escreveu Janaina – uma das autoras do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Ao explicar sua recusa, a advogada aproveitou para defender Bolsonaro. “Sou testemunha de que Bolsonaro não é machista. Ele me tratou de igual para igual, desde o primeiro momento. Sou testemunha de que ele não é autoritário, cedeu em muitos pontos. Todos puderam constatar a sua tolerância com os meus posicionamentos”, disse .
Pela rede social, a advogada avisou que não faria declarações à imprensa sobre a sua decisão. “Com todo amor que sempre devotei à imprensa, aviso que não conversarei com ninguém. Vou me concentrar na ADPF 442. Esta ação é tão importante quanto às eleições para mim e para o país.” A ADFP 442 é a ação judicial em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) que pode descriminalizar o aborto no país.
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