O ex-agente da Polícia Federal Newton Ishii, nacionalmente conhecido como o ‘Japonês da Federal’, assinou ficha de filiação no partido Patriota. Ele deve disputar as eleições deste ano para deputado, embora não tenha decidido ainda se para a Câmara Federal, em Brasília, ou para a Assembleia Legislativa do Paraná, onde fica seu domicílio eleitoral.
Em fevereiro deste ano, Ishii “pendurou as chuteiras” na PF, se aposentado após 40 anos de serviços prestados – ele ingressou na polícia em 1975. A maior parte do tempo de óculos escuros, sua marca registrada. Ele ganhou fama ao aparecer em todos os noticiários do país e do mundo conduzindo empresários e políticos poderosos presos na Operação Lava Jato. Com o sucesso, o Japonês da Federal virou até tema de marchinha e máscaras de carnaval em 2016.
Mas, naquele ano, um fato manchou a reputação de Ishii. Em junho, ele foi preso em Curitiba por ter sido condenado pelos crimes de corrupção passiva e descaminho pela Justiça Federal. A prisão decorreu de condenação por operação realizada em 2003 na deflagração da Operação Sucuri, que apurava um esquema formado por agentes da PF e da Receita Federal que facilitava o contrabando de produtos ilegais na fronteira com o Paraguai em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná.
Em março de 2016, Ishii teve um recurso negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que manteve a sentença. Mas, condenado ao regime semiaberto, não ficou muito tempo na prisão. A trajetória polêmica de Ishii não reduziu sua fama.
Naquele ano, o “Japonês da Federal” chegou a ser sondado para disputar uma vaga na Câmara de Vereadores de Curitiba. Agora, livre da carreira policial, ele está livre para entrar na política.
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