Antes cogitado como um possível candidato do PT à Presidência, o senador eleito pela Bahia Jaques Wagner cobra que Fernando Haddad assuma mais a própria personalidade no segundo turno da eleição. A ideia é que ele se desprenda da estratégia adotada no primeiro turno: conquistar votos que eram, originalmente, de Lula. Wagner assumiu nesta semana o posto de um dos coordenadores da campanha do ex-prefeito de São Paulo ao Planalto.
“O Haddad chega ao segundo turno como a substituição do Lula, agora o Haddad do segundo turno é o Haddad”, disse Wagner após uma reunião em São Paulo que o confirmou na coordenação da campanha petista. Ele destacou que é impossível “descolar” do ex-presidente, mas que “ninguém vive só do que foi”. “Agora é hora de o Haddad dizer ‘o meu programa de governo’.”
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Nada de Lula no segundo turno
Integrantes da campanha de Haddad e dirigentes de partidos aliados, como o PCdoB, defendem que o candidato do PT se coloque como o centro de sua campanha ao segundo turno, se descolando da imagem de substituto de Lula que conduziu a estratégia da legenda na primeira etapa da eleição.
PT quer apoio de Ciro Gomes
Defensor de uma aliança com Ciro Gomes (PDT) já no primeiro turno, Jaques Wagner conversou na segunda-feira (8) com o senador eleito pelo ceará Cid Gomes, irmão de Ciro e um dos coordenadores da campanha do pedetista no primeiro turno.
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O PT quer atrair Ciro para apoiar Haddad no segundo turno. “O próprio jeito dele, às vezes contundente, é importante porque quando você está em um momento excepcional como esse tem que ter também uma forma diferenciada de entrar”, disse o senador eleito baiano.
Wagner quer atrair, ainda, todos os adversários de Bolsonaro
Agora na coordenação de campanha, Jaques Wagner reforçou que é possível buscar apoios do PSDB e de antigos adversários que queiram derrotar Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno, atraindo quem votou nesses nomes, quem se absteve e, até mesmo, quem votou no presidenciável do PSL.
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Provocado para avaliar se o PT estaria em um patamar melhor de votos se o candidato fosse ele, Wagner procurou exaltar Haddad por considerar o ex-prefeito como uma figura “nova” no partido e na política. “Não era para ser eu, o perfil não é meu”, disse o senador, que afirmou ter uma “alegria íntima e arretada” pela escolha do candidato petista.
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