Na esteira do voto do ministro Edson Fachin, que entendeu que Luiz Inácio Lula da Silva poderia ser candidato, a defesa do petista decidiu concentrar sua ofensiva no STF (Supremo Tribunal Federal). A estratégia - desta vez no STF - é reforçar a narrativa de que o processo contra o ex-presidente é ilegítimo e de que ele poderia concorrer na eleição de outubro até uma decisão final sobre o processo pelo qual foi condenado na Lava Jato.
Nesta quarta-feira (5), o PT entrou com um novo recurso no Supremo contestando a decisão do TSE, que, na semana passada, barrou a candidatura do petista.
A ofensiva vai ser embasada com a posição de Fachin, que votou por liberar o registro da candidatura de Lula para concorrer sub judice.
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Voto vencido, Fachin acolheu os argumentos sobre a manifestação do Comitê de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), que recomendou ao Brasil que não impeça Lula de se candidatar.
A defesa também cita o posicionamento de Rosa Weber no julgamento de Lula no TSE, que estaria “em absoluta consonância ao posicionamento da corte”. Para ela, mesmo com o registro de candidatura indeferido, Lula poderia participar da campanha eleitoral até o trânsito em julgado do processo.
Os advogados de Lula pedem que o STF suspenda os efeitos da decisão do TSE que indeferiu o registro de candidatura de Lula ou ao menos autorize o petista a fazer campanha.
O novo pedido tem como objetivo acelerar a discussão no STF sobre a inelegibilidade de Lula.