| Foto: Ricardo Stuckert/Fotos Públicas

No dia em que completou dois meses na cadeia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que só não será candidato à presidência da República “se morrer”, segundo o ex-governador da Bahia Jaques Wagner, que visitou o petista nesta quinta-feira (7).

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Em conversa com integrantes da vigília próxima à Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde Lula está preso, Wagner informou que o ex-presidente foi direto na conversa que tiveram durante a visita. “Só tem um jeito de eu não ser candidato: se eu morrer”, disse, acrescentando logo em seguida outras duas possibilidades: “se apresentarem uma prova de que crime eu cometi ou se tiverem a desfaçatez de rasgarem a Constituição brasileira”. Ainda segundo o ex-governador, Lula afirmou esperar que “Deus ilumine a cabeça do Judiciário brasileiro para que não decida agir contra a vontade popular”.

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O nome do pré-candidato Ciro Gomes (PDT) também foi tema da conversa entre Wagner e Lula. De acordo com o ex-governador, o ex-presidente considera o pedetista um candidato importante no campo progressista, e vê na legenda uma aliada constante. “Mas ele [Lula] sabe que está determinado a ir até o final [em sua pré-candidatura], assim como o Ciro também. [Então] quem sabe a gente possa se encontrar no segundo turno”, projetou Wagner, numa alusão a uma eventual disputa entre Lula e Ciro.

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Wagner, que nesta quinta pela manhã, em visita à vigília, afirmou que o único plano do PT é ter Lula como candidato, lembrou que Ciro foi “ministro de Lula e de Fernando Henrique Cardoso”, e que se trata de um dos políticos “mais preparados do Brasil para qualquer missão, não há como desconhecer os valores dele”. Aqui cabe uma correção, apesar de ter sido filiado ao PSDB em determinado momento de sua trajetória política, Ciro, na verdade, não foi ministro do governo FHC, mas sim de Itamar Franco.

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que também visitou o ex-presidente nesta quinta-feira, destacou que a pré-candidatura de Lula será confirmada nesta sexta-feira (8), em evento em Belo Horizonte (MG). Ainda segundo o governador, Lula teria dito na visita que a Justiça ou o juiz Sergio Moro precisam apresentar alguma prova concreta do crime cometido por ele até o dia 15 de agosto, ou ele será o candidato do PT.

Ainda segundo Dias, a partir desta sexta líderes do partido iniciam uma viagem pelo país para apresentar e discutir o programa de governo petista, junto a lideranças de movimentos sociais.

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