O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, confirmou nesta sexta-feira (6) que deixará o ministério. O atual secretário-executivo da pasta, Eduardo Guardia, será o novo ministro. “Hoje encerro um ciclo muito importante na minha vida. Sempre me coloquei a serviço do Brasil independentemente de partido ou governo. Tenho bastante orgulho de ter ajudado o País a sair de crises importantes e sérias em dois momentos diferentes”, afirmou.
Meirelles disse que as crises econômicas tiram comida do prato das famílias, cria desemprego e tira a esperança das pessoas. “Considerei sempre que era uma prioridade fundamental tirar o Brasil da crise e colocar o País na rota do crescimento”, completou.
O ministro disse acreditar que a missão de um servidor público é construir uma sociedade justa e inclusiva. “Se as últimas crises vieram do exterior, essa veio do governo anterior. Encontramos em 2016 perda de renda, inflação e aumento da pobreza, decorrentes da irresponsabilidade fiscal e da falta de respeito com os pagadores de impostos”, repetiu.
Para Meirelles, o atual governo teve a coragem de submeter o Brasil a uma agenda econômica correta. “Em momentos de crise temos que tomar decisões difíceis. Os resultados estão aí. A inflação está controlada e nunca esteve tão baixa, a recessão foi superada e o desemprego começou a cair”, elencou.
O ministro defendeu ainda que o legado desse governo continue. “É preciso perseverar e insistir nas políticas que estão dando certo. O presidente Michel Temer garantiu que o novo ministro Guardia terá apoio para que a política econômica não se perca. Temos um horizonte e o importante é prosseguir na direção do que está dando certo”, concluiu.
O prazo limite para a desincompatibilização do cargo vai até amanhã e, de todos os ministros que pretendiam disputar as eleições deste ano, apenas Meirelles ainda não havia sido exonerado. Ele tomou a decisão de sair da Fazenda após duas reuniões nesta sexta-feira, 6, com o presidente Michel Temer.
Meirelles respondeu nesta tarde que tomou a decisão de deixar o ministério apenas hoje e a comunicou imediatamente.
Questionado sobre o cenário econômico que deixará ao seu sucessor, Eduardo Guardia, Meirelles citou que o teto de gastos e outras medidas foram aprovadas, o que fizeram a economia voltar a crescer, com expectativa de alta de 3% do PIB neste ano.
“Evidentemente temos muitos desafios à frente, por isso é importante continuar e perseverar. Temos medidas no Congresso como a reforma da Previdência e a privatização da Eletrobras, além das mudanças no PIS/Cofins. O trabalho continua” respondeu.
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